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Início Entrevista

Crise

“Franceses lutam contra a perda de direitos trabalhistas”, diz sociólogo

A proposta de reforma trabalhista do governo serviu como estopim para grandes mobilizações sociais.

01.fev.2020 às 18h36
Rio de Janeiro
Fania Rodrigues
Há mais de um mês, os sindicatos franceses protestam contra a reforma trabalhista

Há mais de um mês, os sindicatos franceses protestam contra a reforma trabalhista - Há mais de um mês, os sindicatos franceses protestam contra a reforma trabalhista

A França vive intensas manifestações de trabalhadores que lutam contra uma reforma trabalhista que pode resultar em perda de direitos conquistados com muito esforço. Para entender melhor a situação no país, o Brasil de Fato entrevistou o pesquisador Breno Bringel, professor de Sociologia no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ. Ele está em Paris esse mês acompanhando vários movimentos sociais e atuando como diretor de estudos associado do instituto francês Collège d’études mondiales, da Fondation Maison des Sciences de l’homme (Fundação de Ciências Humanas).

Brasil de Fato – Estão acontecendo protestos massivos na França. Qual é o ponto central dessas mobilizações? 

Breno Bringel – Desde a crise financeira de 2008, a Europa tem vivido mobilizações contra as políticas de ajuste fiscal, a precarização do trabalho, retiradas de direitos, crise dos partidos políticos tradicionais, ou seja, o desmantelamento do Estado de bem estar social. Diferentes países na Europa presenciaram protestos massivos desde então, começando pela Islândia e passando por Portugal e Espanha. Na França, os protestos não tinham sido tão grandes como os de agora. A proposta de reforma trabalhista do governo serviu como estopim para grandes mobilizações sociais. 

Brasil de Fato – Quais os principais setores que serão afetados com essa reforma?

A reforma foi aprovada no Senado no dia 28 de junho e volta à Assembleia no dia 5 de julho para nova discussão. Ela afeta os trabalhadores de maneira geral. Pode aumentar o limite de horas de trabalho semanais de 35h para 39h, diminuir as indenizações em caso de demissão, eliminar os financiamentos aos jovens, flexibilizar ainda mais os contratos temporários e dar maior poder às negociações empresariais e menos importância aos acordos coletivos. É um grande retrocesso.

Brasil de Fato – Esses protestos, grandes assim, são comuns na França? 

A França tem uma longa tradição de mobilização e de organização política popular. No entanto, o que mais chama a atenção hoje não é somente o tamanho das mobilizações, mas principalmente sua intensidade e suas características. Assim como em outros lugares do mundo, houve uma ampliação dos protestos para uma parte da população que não estava antes organizada via partidos, movimentos e sindicatos, mas que se sente indignada e passa a participar da vida política. 

Brasil de Fato – Quais as semelhanças do que está acontecendo na França com a luta dos trabalhadores no Brasil?

Estamos diante de posições estruturais muito diferentes no Brasil e na França, mas há uma tendência comum de retrocesso em termos de precarização e de fortes ameaças aos direitos trabalhistas conquistados historicamente. Em termos políticos, boa parte das forças políticas da França parecem caminhar ao centro, embora a direita mais radical tenha crescido também. Na sociedade, a polarização aumenta. Tanto no Brasil como na França, há um contexto de militarização dos territórios e dos espaços públicos. No caso da França, isto se deve à política de combate ao terrorismo devido aos últimos atentados. Isso acaba afetando os movimentos populares, os indivíduos e a coletividade organizada, com uma limitação da liberdade e o aumento da repressão, da criminalização e do controle social. 

Brasil de Fato – O que o Brasil pode aprender com os franceses?

Há muitas experiências fantásticas de luta hoje, sejam na França, na Síria ou no México. Para aprender é preciso compartilhar. Temos que gerar mais solidariedade e conexões entre nossas lutas. É cada vez mais importante reforçar e revitalizar a luta internacionalista. Um exemplo importante de solidariedade da França com o Brasil foi a atuação de movimentos populares franceses e de coletivos de brasileiros na França. Esses movimentos mudaram a visão que a população e os meios de comunicação franceses tinham sobre os acontecimentos recentes no Brasil. De uma visão de apatia ou até de apoio ao impeachment, boa parte dos meios franceses mudaram o tom e passaram a denunciá-lo. Passaram a chamá-lo pelo seu verdadeiro nome: golpe de Estado. 

Editado por: Redação
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