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Ditadura

Governos neoliberais podem ressuscitar Operação Condor, diz Martin Almada

Prêmio Nobel Alternativo da Paz em 1992 explica que o Cone Sul corre novamente o perigo de o “Condor” voar novamente

03.ago.2016 às 12h48
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h36
São Paulo
Mario Augusto Jakobskind
Movimentos sociais organizados, em especial a classe trabalhadora, deverão converter-se em laboratórios de resistência

Movimentos sociais organizados, em especial a classe trabalhadora, deverão converter-se em laboratórios de resistência - Movimentos sociais organizados, em especial a classe trabalhadora, deverão converter-se em laboratórios de resistência

Martin Almada, Prêmio Nobel Alternativo da Paz em 1992 e descobridor dos arquivos da Operação Condor, explica que o Cone Sul corre atualmente o perigo de o “Condor” voar novamente e reprimir ainda mais, com a presença de governos conservadores, que querem de todas as formas consolidar um modelo neoliberal, que se volta contra os trabalhadores.

Nesta entrevista exclusiva por e-mail ao Brasil de Fato, Almada explica o perigo que as classes populares correm atualmente com governos como o do golpista Michel Temer, no Brasil, Horacio Cortes, no Paraguai e Mauricio Macri, na Argentina.

Martin Almada destaca que “na América Latina e Caribe, os movimentos sociais organizados, em especial a classe trabalhadora, deverão converter-se em laboratórios de resistência para impedir o regresso do Condor”. O Nobel de 1992 faz também uma retrospectiva sobre a formação da Operação nos anos 70.

Brasil de Fato: O senhor tem dito que o Condor continua voando, ou seja, que a Operação Condor, que nos anos 70 uniu ditaduras do Cone Sul para reprimir lideranças populares, segue ativa. O senhor poderia explicar o tema com mais detalhes?

Martin Almada: A Operação Condor dos anos 70 foi criada em Santiago do Chile, em 25 de novembro de 1975, com o objetivo de assassinar dissidentes ideológicos, pessoas com consciência crítica, o que provocou uma ferida mortal na Sociedade do Conhecimento.

Hoje a produção de conhecimento é considerada ato de soberania nacional. Foi e é a globalização do terrorismo de estado, quer dizer, a globalização para a privatização dos interesses nacionais em benefício das empresas multinacionais. As Forças Armadas foram os instrumentos mais usados pelo Império para deter o avanço social, destruir o sindicalismo, o sistema produtivo educativo e dissolver as organizações populares.

O ideólogo foi o então Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger e seus executores mais fiéis foram Augusto Pinochet, que devia limpar o aparato de Estado, a sociedade civil de comunistas e Hugo Banzer, ditador da Bolívia, que tinha que limpar a Igreja Católica de sacerdotes “surdos”, ou seja, religiosos ligados à Teologia da Libertação.

Na região do Cone Sul foram “eliminadas” mais de 100 mil vitimas. Praticamente, o império lançou uma bomba atômica sobre a região, como fez sobre Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, durante a II Guerra Mundial.

Para onde vai a América Latina e o Caribe? Quem as une e guia?

A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), que se designava como a expansão do Tratado de livre Comércio, do Canadá ao resto dos estados do continente americano, excluindo Cuba, entrou em crise a partir da cúpula de 2005 em Mar Del Plata, ao ponto de que muitos já a consideravam como um projeto morto. 

Este projeto está sendo ressuscitado com a chegada de Horacio Cartes ao poder no Paraguai, Mauricio Macri na Argentina e Michel Temer no Brasil, governos que descarregam a crise sobre os trabalhadores e o povo. Efetivamente, a ALCA se converteu na Aliança do Pacífico com o Chile, Peru, Colômbia e México e prontamente se somarão Argentina, Brasil e Paraguai.

A mencionada Aliança oferece um “mundo de oportunidades” somente a empresários e negócios para investimento que está levando ao precipício à economia mexicana por esta política neoliberal selvagem e criminosa.

Isto nos mostra que o imperialismo mudou sua máscara, mas não o rosto. Cabe destacar que a história ensina que os impérios antes de caírem, tendem a mostrar seus rostos mais obscuros. Por isso sentimos o rumor de guerra em todos os rincões dos países empobrecidos.  

O que pode ser feito conjuntamente na região para evitar a consolidação de esquemas repressivos dos governos que levam adiante projeto de retrocesso afetando, sobretudo os trabalhadores?

Na América Latina e Caribe, os movimentos sociais organizados, em especial a classe trabalhadora,  incluindo estudantes e professores de colégios e universidades, deverão converter-se em laboratórios de resistência para impedir o regresso do Condor.

O senhor poderia lembrar como foi a deposição do então Presidente Fernando Lugo? O senhor não vê semelhanças com o que aconteceu em seu país e o atual golpe midiático, judicial e parlamentar que se abateu sobre o Brasil, guardando-se as especificidades locais?

Por trás de um formalismo jurídico, se pretende esconder uma notória injustiça cometida contra Fernando Lugo e Dilma Rousseff. Em ambos os casos não houve o ruído de sabres nem pólvoras, mas sim houve um forte odor de dólares.

Alguma mensagem aos brasileiros neste grave momento que o país atravessa?

Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem têm o direito de faltar-lhes o respeito.

O desafio do momento no Brasil, America Latina e no Caribe é despertar os que dormem, organizar e mobilizar aos que estão acordados para cortar as asas do Condor Imperial.

Edição: José Eduardo Bernardes

Editado por: Redação
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