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Caravana Lula

Padre, pacifista, militante: quem é Idalino Alflen, vítima do ódio no Paraná

Morador de Santa Terezinha do Itaipu (PR) foi agredido durante evento da caravana de Lula em Foz do Iguaçu

01.fev.2020 às 07h38
Foz do Iguaçu (PR)
Daniel Giovanaz
Padre Idalino Alflen levou uma pedrada na cabeça e foi atropelado por uma motocicleta quando chegava ao Sindicato dos Eletricitários

Padre Idalino Alflen levou uma pedrada na cabeça e foi atropelado por uma motocicleta quando chegava ao Sindicato dos Eletricitários - Daniel Giovanaz

A passagem da caravana do ex-presidente Lula por Foz do Iguaçu (PR), nesta segunda-feira (26), teve um sabor agridoce para os militantes paranaenses. Se, por um lado, o ato público foi bem-sucedido e o petista foi aclamado como pré-candidato à Presidência em 2018, também houve registros de violência e manifestações de intolerância.

Uma das vítimas mais graves foi o padre Idalino Alflen, de 64 anos, que levou uma pedrada na cabeça e foi atropelado por uma motocicleta quando chegava ao Sindicato dos Eletricitários (Sinefi), minutos antes do pronunciamento de Lula.

O vídeo com o seu depoimento demonstrou a reação pacífica do padre às agressões e sua crença na disputa da ideias como ferramenta de transformação. “Não é pela violência que a gente consegue transformar. É com o povo tendo mais educação, mais respeito, para que de fato, o Brasil seja um país democrático, respeitando as pessoas, respeitando o ser humano”, deseja.

História

Natural de Manoel Ribas (PR), Idalino é uma figura conhecida na região oeste do Paraná, sob o apelido de padre Pastel. A alcunha o acompanha desde os tempos de juventude, no seminário de Santa Maria (RS). Tudo porque um dia exagerou no banho de sol e voltou à casa “bronzeado como um pastel”.

No Rio Grande do Sul, o jovem seminarista estudou a fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Cascavel (PR), em janeiro de 1984, e foi justamente naquela região que ele viria a atuar como padre. A atuação religiosa nunca foi desvinculada da atuação política. Jorge Sonda, amigo de longa data, lembra que Idalino sempre apostou no trabalho de base para a superação da miséria e das desigualdades. A maior contribuição dele, logo após a ditadura militar, foi ajudar a eleger candidatos do campo popular para levar as demandas dos mais pobres ao Legislativo.

Sonda lembra que, em 1986, Pastel ajudou a eleger Pedro Tonelli deputado estadual constituinte em 1986. Fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Paraná, dez anos antes, Tonelli foi o primeiro deputado petista eleito no estado.

A atuação política custou caro para o jovem padre, que nunca desistiu de seus ideais. “Ele começou a ser transferido, sempre por pressão das elites. Esteve em várias cidades aqui do oeste, e a última foi Vera Cruz [do Oeste], onde ele foi fundamental na eleição do primeiro prefeito do PT, o Márcio Pescador”, ressalta Sonda.

Além dos movimentos de camponeses, Pastel trabalhou na Pastoral da Juventude, na CPT e na mobilização dos atingidos pela usina de Itaipu.

Pacifismo

Uma das marcas registradas de Idalino Alflen é a tolerância política e religiosa. Reverendo da igreja episcopal anglicana em Cascavel, Luiz Carlos Gabas enaltece o legado do padre para a democracia. “É um cara muito comprometido com a transformação da sociedade, muito preocupado com o que vem acontecendo no nosso país no momento presente. E é uma pessoa pacífica, que não tinha por que sofrer tamanha violência”, lamenta.

Paulino Pereira da Luz, que atua no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), também enaltece essa característica, a ponto de não acreditar que o agressor conhecia a atuação política de Idalino.  “As pessoas, que tentavam de qualquer forma agredir, sem olhar a quem, eis que simplesmente jogam uma pedra no meio da multidão. E que acertou, infelizmente, esse companheiro de paz, que leva a paz por onde vai”, descreve.

A eleição de Márcio Pescador para a Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste (PR) coincidiu com o “ano sabático” de Idalino – período de afastamento que a igreja concede aos padres a cada quinze anos de atuação. Em vez de apenas descansar, Pastel assumiu um cargo no mandato do prefeito petista, e não saiu mais da política.

Como Pescador foi reeleito, o padre permaneceu oito anos no gabinete, coordenando os trabalhos de base. Nesse período, passou a viver com uma companheira Rosali Dutra, com quem tem duas filhas. Um sacramento não pode ser desfeito, por isso, Idalino Alflen nunca foi chamado de “ex-padre”. E nem gostaria.

A caravana Lula pelo Sul segue pelo Paraná e termina seu percurso de mais de três mil quilômetros com um ato público na noite de quarta-feira (28) na Boca Maldita, em Curitiba.

Editado por: Nina Fideles
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