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Terra

“Povos são atores de transformação dos territórios”: conheça histórias de resistência

Debate é feito no Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas, que reúne povos do campo, indígenas e estudiosos

01.fev.2020 às 12h33
Guararema (SP)
Mayara Paixão
Ava Vyraidja, da aldeia de Posto Velho, ou em guarani, Wyporã, no Paraná

Ava Vyraidja, da aldeia de Posto Velho, ou em guarani, Wyporã, no Paraná - Foto: Pedro Stropasolas/Brasil de Fato

Há cerca de 14 anos, o povo indígena Guarani Nhandéva da aldeia de Posto Velho, no estado do Paraná, aguarda a demarcação de suas terras. A história dos indígenas com esse território, no entanto, começa muito antes. No ano de 1918, o povo foi expulso da região e conseguiu retornar apenas nove décadas depois.

O cenário que encontraram foi muito diferente do qual deixaram a terra, segundo conta Nelson Luiz Camargo, ou Ava Vyraidja, como é seu nome em guarani. “Ao retornar a essa terra, em 2005, a encontramos toda degradada, e as minas contaminadas. A gente sofre muito com agrotóxico. Eles não respeitam nossas escolas e nossas crianças. É muito difícil para nós", relata.

Segundo explica o geógrafo Bernardo Mançano, os povos estabelecem diferentes relações com o território que ocupam. “Os povos indígenas sempre construíram uma compreensão de território não separado, indissociável do sujeito. Ou seja, o sujeito é território e a terra é território.”

Ao longo da história, porém, projetos econômicos e de governo têm se apropriado desses territórios. Essa discussão é um dos temas principais do Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas, que acontece entre os dias 6, 7 e 8 de junho em Guararema (SP) e reúne mais de 50 organizações.

Territórios em disputa

Há cerca de 15 anos, Bernardo Mançano, que também é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), tem se debruçado sobre o tema. Hoje, ele afirma que os territórios estão em disputa a todo momento e têm sido usados como ferramentas para dominar populações camponesas e indígenas, e submetê-las a um modo de produção que não é o seu.

"Um camponês hoje que planta uma commoditie tem o seu território, mas não tem a territorialidade. A territorialidade é do agronegócio, que determina o que vai ser produzido no território dele", explica Mançano.

Bernardo Mançano é geógrafo e professor da Unesp; está presente no Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas (Foto: José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato)

O geógrafo conta que muito tem sido feito para transformar o entendimento clássico da geografia, que compreende o território apenas como uma área espacial. Segundo ele, é preciso entender o território como algo que é transformado e também transforma os povos que nele vivem.

Os exemplos, afirma, estão mais próximos do que se pode imaginar. "Onde eu estou: na escola, no trabalho, movimento que eu participo, isso também está me produzindo. É um território que me produz o tempo todo. Se eu fico em casa, assistindo televisão e vendo a mídia capitalista, é ela que está me produzindo".

Construção de caminhos

Apesar do cenário, Mançano explica que existem alternativas de territórios que sejam autônomos, e não subordinados. Os principais atores são os povos do campo e os indígenas, que promovem o desenvolvimento sustentável de suas terras, respeitando suas culturas e o meio ambiente. 

No Semiárido brasileiro, os agricultores têm mostrado que é possível transformar seu território por meio de suas próprias iniciativas. No início da década de 2000, a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) deu início ao Programa Um Milhão de Cisternas, que buscava levar a tecnologia de armazenamento de água para as famílias e driblar as dificuldades de acesso à água na região.

Cristina Nascimento, integrante da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), presente no Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas (Foto: José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato)

A história começou com um agricultor sergipano que, com o conhecimento que adquiriu no trabalho em São Paulo construindo piscinas, voltou para sua terra natal e desenvolveu a tecnologia das cisternas. 

"Tem sido a partir das experiências de agricultores e agricultoras em seus quintais, com suas tecnologias, que a gente tem apresentado para o Brasil e para o mundo que o Semiárido é uma região sim de potencialidade e possibilidade, e produção de conhecimento", conta Cristina Nascimento.

O professor Bernardo Mançano defende também que, apesar da pressão do modelo econômico, iniciativas como essas são construídas não apenas no Brasil. “Posso ir em qualquer país do mundo e vou encontrar experiências populares de alimentação, saúde, moradia. Ou seja, como o neoliberalismo quase destruiu o Estado, a população organizada está reconstruindo esse Estado desde baixo, e um Estado que garanta a sua própria resistência”.

*Com colaboração de Katarine Flor e Pedro Stropasolas.

Editado por: Vivian Fernandes
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