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Comunicação

Propina da TV Globo teria garantido direitos de transmissão, dizem delatores

Dessa vez é a maior emissora de televisão da América Latina que aparece envolvida em um grave esquema de corrupção

11.dez.2017 às 18h41
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h41
Brasília (DF)
Pedro Rafael Vilela
Ato no dia 18 de março em São Paulo contra a emissora.

Ato no dia 18 de março em São Paulo contra a emissora. - José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato

Há poucas semanas, a Rede Globo foi diretamente acusada de participar do pagamento de propina a dirigentes de federações esportivas em troca da assinatura de direitos de transmissão de importantes torneios de futebol, como a Libertadores da América e a Copa América de seleções.

Em depoimento à Justiça dos Estados Unidos, no último dia 14 de novembro, o empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-diretor da empresa de eventos esportivos Torneos y Competencias, afirmou que dinheiro pago pela Globo teria sido destinado a altos executivos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

A investigação é parte de um esquema apurado pelas autoridades estadunidenses sobre corrupção envolvendo a Fifa e outras federações de futebol, que foi apelidado de FifaGate, e que pode estar relacionada ainda a propinas pagas pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo.  

Ao responder uma das indagações do promotor que investiga o caso, sobre quais grupos de mídia teriam participado do esquema, o empresário Alejandro Burszaco citou explicitamente a “Fox Sports dos Estados Unidos, a Televisa do México, a Media Pro da Espanha, a TV Globo do Brasil, a Full Play da Argentina e a Traffic do Brasil”.

Segundo Burzaco, Marcelo Campos Pinto, então diretor do departamento esportivo da Globo, teria negociado com os cartolas o pagamento da propina. Marcelo Campos deixou a emissora em 2015.

Tido como um dos maiores conglomerados de mídia do planeta, o Grupo Globo, dono da TV Globo, é controlado pela família Marinho, a mais rica do país, segundo a revista Forbes, com uma fortuna estimada em mais de 28 bilhões de dólares. Outro delator do caso, o também argentino José Eladio Rodriguez, sócio de Alejandro Burzaco, afirmou à Justiça dos EUA que uma offshore foi criada na Holanda especialmente para receber os recursos de propina e repassar aos dirigentes. Entre os cartolas brasileiros acusados de receber milhões de dólares em propina, estão os ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e José Maria Marin – este último cumprindo prisão domiciliar em Nova York –, além do atual mandatário da confederação, Marco Polo Del Nero. Todos negam as acusações.

Nas planilhas da contabilidade paralela da offshore Torneos y Competencias, apareciam os nomes dos dirigentes contemplados com propina, sob a rubrica “iluminados”. Segundo os investigadores, a palavra ‘Globo’ aparece pelo menos quatro vezes, associada a pagamentos que chegam a 12,8 milhões de dólares relativos aos direitos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

O que diz a Globo

Quando a denúncia estourou, em meados de novembro, o Grupo Globo soltou uma nota afirmando que não tolera o pagamento de propina e que teria realizado uma investigação interna durante dois anos que não comprovou qualquer ilegalidade praticada pela empresa. Além disso, insistiu a Globo, o conglomerado não é parte dos processos que tramitam na Justiça americana.

J. Hawilla e Globo: relação íntima

Apesar de negar as graves acusações, a Globo não consegue esconder a relação de intimidade construída com o empresário J. Hawilla, um dos principais acusados na investigação dos EUA. Preso desde 2013 sem poder sair do país, Hawilla se tornou colaborador da Justiça norte-americana ao confessar seus crimes e aceitar pagar uma multa de 151 milhões de dólares, enquanto aguarda sua sentença. Um dos acionistas da TV TEM (Traffic Entertainment and Marketing), principal afiliada da TV Globo no interior de São Paulo, Hawilla confessou ter subornado dirigentes esportivos e está associado a crimes como extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

O empresário J. Hawilla foi repórter e chegou a ser diretor de esportes da Rede Globo. Depois, fundou o Traffic Group, que em alguns anos se tornou a maior agência de marketing esportivo da América Latina, dona de direitos de transmissão e de passes de jogadores de futebol. O grupo também investiu emissoras de televisão, principalmente em São Paulo, onde se tornou controlador das principais afiliadas da TV Globo no interior do estado, atingindo mais de 300 municípios. Em alguns de seus empreendimentos, Hawilla é sócio direto de um dos herdeiros da família Marinho, o empresário Paulo Daudt Marinho, filho de José Roberto Marinho.

Audiência no Senado

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática aprovou na terça-feira passada (28), um requerimento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) para a realização de audiência pública sobre denúncias de pagamento de propina pela TV Globo a dirigentes da CBF e de federações internacionais. Segundo Lindbergh, caso sejam comprovadas as denúncias que estão sendo investigadas no âmbito da Justiça norte-americana, a atuação da TV Globo pode ter provocado graves distorções no mercado, prejudicando de forma desleal a concorrência, afetando ainda outros setores econômicos ligados ao mercado de mídia esportiva. Ainda não há data confirmada para a realização da audiência.

Mortes

O escândalo de pagamento de propinas por direitos de transmissão de torneios de futebol também pode estar relacionado a mortes suspeitas. Um diretor da rede mexicana Televisa foi assassinado em novembro enquanto andava de bicicleta em uma rodovia a caminho do sítio arqueológico de Teotihuacán, um dos mais visitados no México. Adolfo Lagos Espinosa, 69 anos, diretor administrativo de uma filial da Televisa que comercializa canais por assinatura, telefonia e internet morreu depois de ter sido baleado por dois homens. Lagos estava envolvido no mesmo caso de suspeitas de corrupção da Fifa.

Além dele, poucos dias antes, Jorge Delhon cometeu suicidou em Lanús, Argentina. O advogado argentino, de 52 anos, foi citado na delação de Alejandro Burzaco, ex-diretor-executivo da empresa argentina de marketing Torneos y Competencias, que admitiu ter subornado a Fifa para obter direitos de transmissão de Copas do Mundo.

*Com informações da Agência Senado e da Rede Brasil Atual (RBA).

Editado por: Simone Freire
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