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Inclusão

Quem estuda na UFMG? Entenda como políticas recentes mudaram a cara da universidade

Programa de bônus e Lei de Cotas mudaram perfil dos alunos

01.fev.2020 às 18h52
Belo Horizonte (MG)
Amélia Gomes
Dos alunos matriculados em 2014 cerca de 11% afirmaram ter uma renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Em 2018 esta porcentagem foi de 18%

Dos alunos matriculados em 2014 cerca de 11% afirmaram ter uma renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Em 2018 esta porcentagem foi de 18% - Foto: Levante Popular da Juventude

Desde 2009, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vem adotando políticas de inclusão e ações afirmativas para mudar o perfil dos estudantes que ingressam na instituição. Dez anos depois, o resultado é que metade dos aprovados no último vestibular da UFMG se autodeclararam negros e/ou são egressos de escolas públicas. O perfil socioeconômico dos estudantes também mudou. Dos alunos matriculados em 2014, cerca de 11% afirmaram ter uma renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Em 2018 esta porcentagem foi de 18%. Os dados são de um levantamento realizado no ano passado pela própria instituição.

Em 2009 a UFMG concedia um bônus de 10 % ou 15% a mais na nota que alunos negros e de escolas públicas obtinham no ENEM. O que contribuiu para a popularização do perfil dos estudantes. Além do programa da própria instituição, políticas como o ReUni, que promoveu a criação de cursos noturnos nas universidades, também permitiram que alunos mais pobres entrassem e permanecessem na universidade, já que, com a flexibilidade no horário, os estudantes não precisavam escolher entre o trabalho e o curso.

A partir de 2013, após a criação da Lei nº 12.711, mais conhecida como Lei de Cotas a política de inserção foi qualificada. A lei previa a destinação exclusiva e gradual de vagas para candidatos negros e indígenas e/ou egressos de escolas públicas. No primeiro ano de implementação, 12,5% das vagas foram destinadas a estes candidatos. Desde 2016, o percentual de reserva de vagas para alunos negros e indígenas e/ou egressos de escolas públicas é de 50%.

Com a adoção do Sistema de Seleção Unificado – SISU, em 2013, a origem dos estudantes da UFMG também mudou. Em 2012, apenas 4,45% dos alunos aprovados eram de outros estados; em 2018, essa porcentagem foi de 9,6%.

A pesquisadora e pedagoga Bréscia Nonato analisou a mudança no perfil dos estudantes da UFMG, entre 2012 e 2016. Para ela, as políticas de inclusão foram o primeiro passo para a mudança, mas é preciso avançar. “Devemos pensar como democratizar não só o acesso, mas a permanência destes estudantes dentro da universidade. Porque nós sabemos que esse é um dos principais entraves atuais”, ressalta Nonato.

Redução do “elitismo” nos cursos

Na avaliação da pesquisadora, a Lei de Cotas foi uma política decisiva para modificar o perfil de cursos historicamente mais elitistas como Direito e Medicina. Já que com a reserva de vagas para alunos negros e egressos de escolas públicas, foi possível colocar os candidatos em maior pé de igualdade. “Mesmo com todo sobre esforço do estudante negro e de baixa renda, ele não consegue estar no mesmo lugar que estudantes vindos de outras camadas sociais. Então qualquer política de inclusão precisa ser permanente, porque as desigualdades da nossa sociedade são estruturais”, pontua a pesquisadora.

Cotas para pós-graduação

Desde o processo seletivo de 2018 a UFMG também têm destinado vagas dos programas de pós-graduação stricto sensu mestrado, mestrado profissional e doutorado para candidatos negros, indígenas e pessoas com deficiência. De 20% a 50% das vagas ofertadas pelos mais de 84 programas de pós-graduação são reservadas para estes candidatos.

Alunos

Guilherme Vaz – 22 anos / Belo Horizonte (MG)

Medicina – Entrada: 2017

“Meu maior desafio não é o conteúdo ou a demanda que o curso exige, mas sim me manter na universidade. Hoje eu recebo auxílios estudantis, mas, se os cortes continuarem, eu tenho plena consciência que vai ser impossível me manter no curso. ”

O curso de Guilherme exige dedicação integral, com isso, fica impossível conciliar estudos e trabalho. As políticas de assistência estudantil para transporte, material didático e outros recursos são fundamentais para o estudante.

Mãe: Auxiliar de serviços gerais e cuidadora de idosos

Pai: Prestador de serviços

Sabrina Moreira – 22 anos / Ouro Branco (MG)

Pedagogia – Entrada: 2018

“É com a bolsa de extensão que eu sobrevivo. É com esse dinheiro que eu conto para arcar com as cópias, alimentação, transporte, etc. O valor é baixo, mas me ajuda muito”.

Nascida e criada no interior de Minas, Sabrina veio para BH após ser aprovada na UFMG. Para arcar com os custos com a universidade ela conta somente com os R$ 400 que recebe da bolsa e com a ajuda do pai que custeia sua moradia.

Mãe: Auxiliar de educação infantil

Pai: Técnico em elétrica

Alessandra Pereira Brito – 31 anos  / Campos Belos (GO)

Pós graduação em Comunicação Social – Entrada: 2018

“Eu só estou na UFMG por causa da política de cotas raciais. É muito triste pensar no que pode acontecer com muitos alunos e com a universidade, diante desses ataques, mas é preciso construir estratégias de resistência e enfrentamento a esse cenário tão grave”.

Depois de terminar sua graduação na Universidade Federal de Tocantins, ela decidiu continuar seus estudos em Minas Gerais e foi aprovada em primeiro lugar no mestrado em Comunicação Social.

Mãe: Dona de casa

Pai: Operador de máquina agrícola – tratorista

Luiz Phelipe da Silva Maia Carneiro – 22 anos / São Paulo – (SP)

Engenharia Metalúrgica – Entrada: 2017

“Eu só vim pra UFMG porque eu tinha conhecimento das políticas de inserção e manutenção da universidade. Eu já tinha ganhado uma bolsa de estudos em uma universidade privada, mas eu tive que desistir porque não tinha condições de arcar com transporte, alimentação, essas coisas”.

Apesar de não conseguir se manter em uma universidade privada, Luíz Phelipe não desistiu do ensino superior e tentou vestibular na UFMG através do SISU. Ex-morador da maior periferia de São Paulo – Capão Redondo, ele foi inspiração para a mãe, que aos 60 anos acabou de se formar em Serviço social.

Mãe: Diarista e recém formada em Serviço social

PERFIL ESTUDANTES MATRICULADOS NA UFMG 2018

55% vieram de escolas públicas

49,3% são negros

22,2% são de cidades do interior de MG

18,2% têm renda familiar de 1 a 2 salários mínimos

48,5 % são mulheres

Editado por: Elis Almeida
Tags: educaçãoradioagênciaufmg
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