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Dependência

Raposos, uma cidade que a mineração criou e destruiu

Município com prazo de validade: após escassez da mina da região, cidade se tornou um dormitório

19.mar.2019 às 13h00
Belo Horizonte (MG)
Raíssa Lopes
Segundo pesquisador, Raposos anuncia situação que muitas cidades do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais ainda podem vivenciar

Segundo pesquisador, Raposos anuncia situação que muitas cidades do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais ainda podem vivenciar - Foto: Reprodução/Prefeitura de Raposos

Camila Madeira é moradora de Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas não trabalha na cidade, assim como a maioria de seus familiares e dos mais de 15 mil habitantes de lá. "Meus primos estudam e trabalham fora, meus tios e a maior parte das pessoas. A gente depende muito de coisas que estão em outros municípios, até mesmo para atividades de lazer", conta.

Mas, o que será que esse assunto tem a ver com mineração?

A história de Raposos e a da atividade minerária na região se confundem. A extração começa no século 18, na Mina do Espírito Santo, comprada no século 19 pela Saint John del Rey Mining Company Limited (Companhia de Morro Velho). Como a mineração da época não era como a de hoje – com grande número de máquinas, produção automatizada e de larga escala –, a mineradora empregava quase toda a população do município.

A economia da cidade permaneceu com essa base até o ano de 2003, quando a mina atingiu a escassez e a atual proprietária, a empresa AngloGold Ashanti, decidiu encerrar as operações no terreno. A maioria das famílias perdeu o sustento, centenas de postos de trabalho diretos e indiretos desapareceram e o comércio foi muito enfraquecido. Desde então, Raposos não se recuperou.

Agora, a prefeitura é o maior empregador e quase todos os moradores trabalham e consomem serviços em municípios vizinhos, principalmente Belo Horizonte. Esse fenômeno rendeu a Raposos o título de “cidade dormitório”.

Consequências

De acordo com Tádzio Coelho, do Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e pesquisador do Centro Ignácio Rangel de Estudos do Desenvolvimento, essa situação exemplifica o que é chamado de “minerodependência”, ou seja, quando uma cidade renuncia a outros tipos de desenvolvimento, autônomos ou locais, em nome da exploração de minério. Inclusive, ele entende que Raposos anuncia o que muitas cidades do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais ainda podem vivenciar.

“Isso gera um ciclo cuja tendência é se reproduzir até o momento que a mina não tenha mais valor econômico ou que ocorra um grande desastre. E não existem outras alternativas econômicas nessas regiões. Raposos é uma espécie de futuro, em escala mínima, de Minas Gerais. A maioria das grandes minas de mineração já começam a estar próximas das suas datas de exaustão", afirma.

Modelo prejudicial

Tádzio explica que a maneira como a mineração é pensada no Brasil constrói a dependência.

"Por exemplo, quando impacta o fluxo hídrico da região para expandir a mina, se destrói parte da agricultura. Intencionalmente ou não, é perdido algo em detrimento dessa atividade econômica”, ressalta.

Essa relação desigual entre município e mineradora seria, ainda, política e social. “Política porque a estrutura política dessas regiões acaba sendo dominada por pessoas financiadas por mineradoras. Social porque os moradores passam a depender de uma forma muito mais orgânica do que pela renda. Passam a questionar menos e colocar menos impedimentos para a empresa. A barragem de rejeito é uma infraestrutura extremamente problemática, por que as pessoas aceitam? Porque simplesmente dependem da mineração", analisa o militante do MAM.

Tem solução?

A avaliação do pesquisador é que o poder público estadual e nacional deveriam assumir, com urgência, uma política de diversificação produtiva dos municípios minerados com atividades não relacionadas à mineração, mas que tenham caráter de participação popular, além de planejamento, linhas de financiamento, canais de apoio, incentivo técnico e tecnológico, criação de empregos e mais.

"Isso é mais do que gerar receita, é dar autonomia. A omissão do Estado é gritante. É uma coisa histórica em Minas isso de viver a economia sempre a curto período, sem pensar os efeitos de médio e longo prazo”, pontua.

Editado por: Joana Tavares
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