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Democracia

Sérgio Mamberti: “Nunca poderemos descansar enquanto houver injustiça”

Ator e diretor brasileiro comenta o cenário atual e defende a centralidade da cultura para retomar a democracia

10.out.2018 às 18h45
Updated On 01.fev.2020 às 18h45
São Paulo (SP)
Mayara Paixão
Sérgio Mamberti, 79 anos, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT)

Sérgio Mamberti, 79 anos, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) - Foto: Divulgação/PT

O dia 7 de outubro, quando foi realizado o primeiro turno das eleições gerais de 2018, também foi marcado pelos seis meses de prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

A democracia brasileira, já fragilizada pelos dois anos de retirada de direitos sociais com o governo golpista de Michel Temer (MDB), se vê na corda bamba entre um projeto popular e democrático com a candidatura de Fernando Haddad (PT), e o projeto conservador de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).

Quem está atento a isso e tem se somado a diferentes mobilizações pelo país é o ator e diretor Sérgio Mamberti, lembrado pela memória afetiva de muitos como o feiticeiro Doutor Victor, do Castelo Rá-Tim-Bum, programa infantil da TV Cultura. Em entrevista concedida à Rádio Brasil de Fato, ele defende que a cultura deve ter centralidade em qualquer projeto que anseie retomar o Estado de direito e também comenta o significado de Lula para a história do Brasil.

“A cultura é fundamental para fazer com que a democracia floresça”, afirma. Para Mamberti, a saída é resistir.

Confira, a seguir, a entrevista:

Brasil de Fato – Ao longo destes dois anos de governo Temer, o Fundo Nacional de Cultura já teve 43% de seu orçamento enxugado. Mais recentemente, em agosto, foi publicada a Medida Provisória 841, que reduz novamente a verba do Fundo, desta vez para repassá-la à segurança pública. Qual a situação do fomento à cultura hoje no país?

Sérgio Mamberti — Isso foi apenas mais um dos golpes que a cultura sofreu desde o início dessa tomada do poder extremamente ilegítima e grave depois de todas as conquistas que nós tivemos no sentido da redemocratização do nosso país.

Certamente, a cultura foi ameaçada desde o primeiro momento, com a extinção do próprio Ministério da Cultura por duas vezes. Na primeira, chegou a ser extinto e reabilitado, mas já fragilizado de uma tal forma que foi precarizado o seu orçamento e com ministros que não tinham a menor representatividade.

O fomento à cultura está absolutamente precarizado em todos os níveis. O Ministério está sem legitimidade e, certamente, em um governo que realmente retome o Estado de direito, a cultura, na minha opinião, tem que ocupar uma centralidade, porque sabemos que cultura é resistência, é identidade.

É através do processo cultural que a gente constrói o processo democrático, a cultura é fundamental para fazer com que a democracia floresça. Na medida em que nós não temos uma comunicação democrática – o que também faz parte de qualquer governo que assuma o poder com a bandeira de redemocratização do país – vamos ter que falar muito seriamente de comunicação.

Falamos muito de cultura, de educação, mas a comunicação também é absolutamente estratégica, não à toa o Ministério da Cultura da França é da Cultura e da Informação.

Mas a cultura tem esse caráter de resistência desde sempre. Estamos resistindo bravamente, erguendo a nossa voz em favor do estado de direito, por Lula Livre, por eleições democríticas e, no momento, Haddad é o nosso foco. Estamos tentando recuperar através do voto aquilo que nos foi tirado de uma forma tão traiçoeira.

O senhor esteve presente no processo de fundação do Partido dos Trabalhadores. Como já disse em outra oportunidade, o PT nasce, na década de 1980, com uma união entre artistas, intelectuais e operários. Hoje o senhor tem participado de diferentes manifestações públicas promovidas pelo PT no país. Como enxerga a importância de a classe artística estar mobilizada? 

Mais importante do que nunca. Até mesmo a nossa regulamentação, que foi conseguida a duras penas em 1979, e que alicerça inclusive a Lei de Direito Autoral, a ministra Carmen Lúcia é relatora de um projeto que tenta desregulamentar a profissão. A gente só pode fazer com que a cultura floresça dentro de um regime que respeite o Estado de direito. 

Isso também tem ajudado a conscientizar muitos artistas, que talvez estivessem um pouco hesitantes, pelo fato até de cansarem um pouco pensando 'as conquistas estão aí, então agora é tocar o barco', e não queriam estar muito presentes nas reivindicações e mobilizações democráticas. 

Como tem visto a corrida eleitoral e a prisão política do ex-presidente Lula, que já ultrapassa seus seis meses?

Tem muita demonização do processo político, dizendo que a política é um espaço de corrupção, de tramoias. Eu vi esses dias uma declaração do papa indo exatamente na direção contrária, ele dizia que a política tem uma dimensão maior e que a gente não pode se eximir de participar politicamente. Foi linda a manifestação.

A gente está nessa luta, que é difícil, não se sabe exatamente o que corre atrás do plano. Temos visto um crescimento grande da candidatura Haddad apesar do nosso grande líder estar preso injustamente, e acho que também é uma missão nossa, temos que lutar pela liberdade dele porque ele é inocente.

E acho que isso também faz parte da preocupação dos artistas, porque uma liderança como ele não pode estar contingenciada a ponto de não poder nem dar entrevista.

Qual o significado do ex-presidente Lula para o Brasil?

Cada vez mais Lula se consagra talvez como o maior líder ocidental em defesa dos princípios democráticos. Mundialmente, o Lula é reconhecido hoje como um homem que representa o que Mandela representou no século passado, e não estou fazendo nenhum tipo de opinião pessoal.

Esse obscurantismo que nós estamos vivendo aqui hoje também se traduz em termos e forças internacionais, muito poderosas no sentido de manutenção de privilégios. Só me lembro de um embate como esses. Quando eu era pequeno, nasci em 1939, no meio da luta contra o nazismo e o que ele significava, e como meus pais, que eram pessoas esclarecidas, conversavam e também nos contavam dizendo que se nós não derrotássemos Hitler, a gente teria um mundo no qual não se poderia prever as consequências do que aconteceria.

Todo esse esforço e preocupação de que essas forças que estavam ali lutando na Europa no sentido desse domínio do fascismo e de ideias totalitárias onde a representação popular praticamente não existem fossem derrotadas. Nós não podemos esmorecer em nenhum momento, porque a luta para a manutenção do estado democrático é permanente da sociedade e da civilização.

Nunca poderemos descansar enquanto houver injustiça. Acho que é isso que nos alimenta e faz com que a gente tenha essa reação diante de tanto desmando, e o Lula é símbolo dessa resistência.

Editado por: Diego Sartorato
Tags: Partido dos Trabalhadores
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