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No Paraná, organizações ampliam apoio à greve dos petroleiros

Reunião entre movimentos populares e sindicatos aponta ações

Curitiba (PR) |
Movimentos apontam a capacidade de resistência petroleira - Gibran Mendes

Organizações, movimentos populares e partidos de esquerda se reúnem hoje, às 19h, em convocatória do Comitê Unificado de Lutas, com uma pauta principal: a solidariedade e apoio a greve de petroleiros e petroquímicos que alcança o 19º dia. 

De acordo com Ângelo Vanhoni, presidente municipal do PT, ex-parlamentar, e integrante do Comitê, afirma que existem neste momento três motivos para que a sociedade siga apoiando a greve. Ele aponta a primeira crítica no abandono e desmonte do atual governo sobre a empresa.

“O STF decidiu que, para haver uma venda de empresa ligada, junto à Petrobras, tem que ter autorização do Congresso. Por que o Supremo decidiu isso? Exatamente pelo interesse do país que está por trás da principal ferramenta de desenvolvimento da sociedade. A Petrobras vem burlando essa legislação”, denuncia Vanhoni.

Números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam que entre, 2013 e 2018, a Petrobras foi a empresa do setor que mais demitiu funcionários em todo o mundo. Foram mais de 270 mil trabalhadores dispensados de suas funções.

Outra questão para apoio à greve, de acordo com Vanhoni, é a manutenção da fábrica e dos empregos da Fafen, com importância estratégica em uma política de segurança alimentar. Em que pese a medida positiva tomada ontem durante Audiência do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRTPR), quando foi decidida a suspensão da demissão dos trabalhadores da Fafen-PR por 15 dias, mesmo assim petroquímicos seguem mobilizados.

O terceiro aspecto, para Vanhoni, é o aumento da dependência e da importação de gasolina e derivados, sobretudo no mercado americano.

“Trazendo a gasolina lá de fora a preço de dólar. Ao passo que nós temos capacidade instalada de processar, e o preço da gasolina podia ser muito mais baixo (…) Para promover o desenvolvimento do país. Enquanto o preço de custo poderia ser de 40 reais, mas o preço do butijão está em até 100 reais”, afirma.

Os movimentos populares e organizações de esquerda, na reunião de hoje, devem fortalecer o calendário nacional de lutas, aproveitando a capacidade de resistência dos petroleiros. 

Distribuição gratuita e solidariedade

 

No dia 20, quinta-feira, às 8h da manhã, na frente da praça Carlos Gomes, o jornal Brasil de Fato Paraná convoca a militância social para a distribuição de edição especial sobre os riscos de privatizações do setor público pelo governo Bolsonaro, além de abordar as ameaças de fechamento da Fafen e de privatizações por fatias da Petrobras. 

Na convocatória, no marco da solidariedade, a equipe do jornal todas as organizações a se somarem na entrega do especial sobre a greve, para diálogo com a população, a partir de informação de qualidade e gratuita. 

Edição: Frédi Vasconcelos