Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

AGRICULTURA

Ocupar, resistir, produzir e comercializar

Após ocupar terras, MST tem desafio de mostrar viabilidade da reforma agrária popular

19.fev.2020 às 09h00
Recife (PE)
Redação

A maior parte da produção é adquirida por prefeituras e pelo Governo do Estado - PH Reinaux

Nas décadas de atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra um dos grandes desafios é a produção (e posterior comercialização) dos alimentos. Os camponeses assumiram a tarefa de pensar uma matriz agroecológica para o país, em que sejam produzidos alimentos sem uso de transgênico e sem agrotóxico, sem reproduzir a lógica de monocultura do agronegócio, respeitando a terra e o ecossistema, além da divisão justa de trabalho e dos ganhos. 

O MST, além de organizar e oferecer cursos para qualificar a produção numa região com dificuldades de abastecimento hídrico, o movimento enfrenta os desafios das demais famílias camponesas para escoar e comercializar sua produção. Sem estrutura de transporte, muitas vezes os agricultores ficam “reféns” dos preços estabelecidos por atravessadores, comerciantes intermediários entre o produtor e o consumidor. Pensar a questão de maneira coletiva ajudou a melhorar o quadro. O movimento ergueu uma agroindústria no Assentamento Normandia, em Caruaru, para receber a produção dos acampados e assentados, compartilhando os custos operacionais, reduzindo as perdas de produtos e ampliando os ganhos das famílias.

A agroindústria que serve como principal “banco” de alimentos do movimento em Pernambuco. São comprados alimentos produzidos por assentados ligados ao MST em todas as regiões do estado, mas também produtos de famílias agricultoras sem ligação com o MST. 
A maior parte da produção é adquirida por prefeituras e pelo Governo do Estado, através de políticas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que estabelece que o poder público compre – através de edital público – um percentual mínimo de alimentos produzidos pela agricultura familiar para abastecer as merendas escolares. “Hoje temos garantido para onde vai a nossa produção. Isso dá tranquilidade financeira para as famílias”, conta Mauricéa Matias, que trabalha na agroindústria de Normandia. “Mesmo com os cortes de verbas dos últimos anos essa política pública segue fundamental”, pontua, lembrando ainda que muitas prefeituras não seguem as regras e “não compram um centavo das famílias camponesas”. 

No fim de 2019 os agricultores ganharam um reforço. A alguns quilômetros de Normandia, mas no centro de Caruaru, o MST inaugurou uma unidade do Armazém do Campo, um mercado só com produtos orgânicos e agroecológios, que leva para a cidade os produtos da reforma agrária. Diferente do Recife, que tem a CEASA (Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco), Caruaru tem apenas uma feira de agricultura familiar, realizada sempre às quintas-feiras, bem cedo da manhã. Muito pouco para seus mais de 300 mil habitantes. “O agronegócio faz propaganda para dizer que a agricultura familiar não é sustentável. Mas o Armazém está aqui para mostrar que ela é sim, que damos conta”, afirma André Soares, coordenador do Armazém de Caruaru.

Severino Ramos, coordenador do Armazém do Campo do Recife, em atividade desde junho de 2019, avalia que esses meses têm mostrado que a experiência dos Armazéns têm muito fôlego para crescer. “Temos cadastrados 390 produtos nas prateleiras. Parte vem de outras regiões, como o arroz do Rio Grande do Sul, o leite de Santa Catarina, o café de São Paulo e Minas Gerais, o açúcar do Paraná. Mas a maior parte é produção daqui”, garante. “O feijão, que é 100% crioulo, é parte de Garanhuns e parte da Paraíba; a farinha é da Zona da Mata; o queijo, o abacaxi, as verduras e folhas são do Agreste; as raízes são também dessas duas regiões.”, diz Ramos.

Os Armazéns do Campo também se caracterizam por ser pontos de cultura. “É um espaço de diálogo com setores da população que às vezes pensam nos camponeses de forma marginalizada”, afirma André Soares. Severino Ramos completa. “Através da cultura dialogamos de maneira muito forte com as juventudes das periferias urbanas, especialmente nas sextas-feiras. Mas também temos um público mais maduro nas quintas. No sábado temos outro público com uma roda de samba e feijoada”, comemora.

Editado por: Monyse Ravena
Tags: agriculturaagroecologiaarmazem do campocaruaruhistóriamstnormandiapernambucorecife
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PODCAST DE FATO

‘Há setores da sociedade que desprezam a emergência climática, só querem dinheiro’, afirma Ary Vanazzi

Gentrificação

Prefeitura dá até 10 de junho para despejar Teatro de Contêiner e Tem Sentimento no Centro de SP; grupos recorrem

CRISE HUMANITÁRIA

‘O silêncio diante do ódio também é uma forma de consentimento’, afirma Laura Sito

Menos tempo na fila

Governo lança programa para ampliar especialidades médicas e agilizar diagnósticos no SUS

NEGLIGÊNCIA

Três pessoas em situação de rua morrem de frio no Rio Grande do Sul

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.