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Início Bem viver Cultura

Cinema

Artigo | O que o Brasil pode aprender com o vencedor do Festival de Berlim

Brasil vive um clima de pré golpe para uma ditadura, cuja base ideológica será evangélica e reacionária

02.mar.2020 às 17h34
Berlim*
Rui Martins

Equipe recebeu o prêmio pelo diretor Mohammad Rasoulof - Tobias SCHWARZ / AFP

O filme iraniano There is no Evil (Não há nenhum Mal), filme crítico da pena de morte no Irã ganhou o principal prêmio do Festival Internacional de Cinema de Berlim, o Urso de Ouro. Mas seu diretor, o iraniano Mohammad Rasoulof não pôde ir a Berlim, nem para a estréia do filme e nem para receber o prêmio.

Mohammad foi condenado a um ano de prisão por seu filme anteior Um Homem Íntegro, sobre a corrupção na polícia iraniana, premiado em Cannes na mostra Um Certo Olhar, considerado pelo governo iraniano como "propaganda contra o Irã".

O cineasta iraniano já vinha sendo tolhido de sua liberdade em setembro de 2017, quando foi privado do direito de circular livremente dentro do seu próprio país e de viajar para o Exterior, sendo confiscado seu passaporte.

Sua condenação a um ano, em julho do ano passado, incluiu igualmente a proibição de sair do Irã por dois anos. Já em 2011, Mohammad não pôde ir a Cannes receber seu prêmio na mostra Um Certo Olhar por outro filme, Até Logo. Esse filme também lhe tinha custado um ano de prisão "por atividades contra a segurança nacional".

Essa condenação quase coincidiu com a condenação de outro grande cineasta iraniano, Jafar Panahi, premiado em Cannes, Veneza e Berlim, por filmes críticos da sociedade iraniana, como a condição das mulheres. Existe uma longa lista de cineastas iranianos cujos filmes foram proibidos no Irã ou que decidiram fazer cinema fora do Irã.

Um risco para o Brasil

A lição que se pode tirar da experiência do cineasta Mohammad é a de que certas semelhanças do Irã com o Brasil devem ser consideradas com atenção. O Irã é um Estado religioso e são os molás ou o clero iraniano que controlam o país. O próprio poder político deve obediência ao aiatolá. Ou seja, o chamado poder divino dirige o poder político.

Não se pode dizer que os evangélicos terão, nos próximos anos, o controle temporal e político do Brasil, à maneira dos chefes religiosos muçulmanos iranianos. Porém, poderão assumir um controle tácito e indireto do país. E dominada a maioria da população crédula, será quase impossível se retornar a um Estado laico.

No caso do cinema, se as atuais dificuldades do cinema brasileiro se complicarem com um controle das produções e uma entrega do cinema aos evangélicos, os filmes governistas e religiosos resultantes irão reforçar o controle autoritário e cultura do pensamento.

Mohammad não esconde viver o Irã um clima de ditadura, O Brasil vive hoje um clima de pré golpe para uma ditadura, cuja base ideológica será evangélica e reacionária. Que a experiência vivida hoje pelo cineasta Mohammad Rasoulof não venha a ocorrer com os cineastas brasileiros num futuro próximo.

Síntese do filme

Heshmat, um marido e pai exemplar, acorda muito cedo todos os dias. Onde ele vai? Pouya não pode imaginar matar outro homem, mas lhe dizem que deve fazê-lo. Javad não sabe que propor a sua amada não será a única surpresa no aniversário dela. Bahram é médico, mas é incapaz de praticar medicina. Ele decidiu explicar à sobrinha visitante o motivo de sua vida como pária.

As quatro histórias que compõem Não Há Nenhum Mal oferecem variações sobre os temas cruciais da força moral e da pena de morte, perguntando até que ponto a liberdade individual pode ser expressa sob um regime despótico e suas ameaças aparentemente inescapáveis.

Mohammad Rasoulof apenas cria um elo narrativo frouxo entre essas histórias e, no entanto, todas elas estão trágica e inexoravelmente conectadas. No contexto da opressão estrutural, a escolha parece se limitar a resistir ou sobreviver. Mas a cada história interrompida abruptamente, somos instados a considerar como homens e mulheres podem afirmar sua liberdade, mesmo em tais situações.

—-

*Rui Martins é jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura. É criador do primeiro movimento internacional dos emigrantes, Brasileirinhos Apátridas, que levou à recuperação da nacionalidade brasileira nata dos filhos dos emigrantes com a Emenda Constitucional 54/07. Escreveu Dinheiro sujo da corrupção, sobre as contas suíças de Paulo Maluf, e o primeiro livro sobre Roberto Carlos, A rebelião romântica da Jovem Guarda, em 1966. Foi colaborador do Pasquim. Vive na Suíça, correspondente do Expresso de Lisboa, Correio do Brasil e RFI (Rádio França Internacional).

Editado por: Leandro Melito
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