Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

AGRICULTURA

Artigo | Agroecologia frente às pandemias modernas

A agroecologia, mais do que uma alternativa, é uma necessidade para enfrentar a atual crise civilizacional

30.mar.2020 às 16h08
Instituto Humanitas Unisinos (IHU)
Andrés Kogan Valderrama

a agroecologia é a melhor alternativa frente à agroindústria atual - MST

Em meio a uma pandemia causada pelo chamado coronavírus (covid-19), que tem os grandes meios de informação comentando sobre o número de pessoas infectadas, falecidas e as medidas para interromper sua expansão mundial (fechamento de fronteiras, estado de exceção, quarentena, isolamento social), pode-se ver como o foco está na prevenção, contenção e busca de tratamento.

No entanto, no que diz respeito às causas, embora se acredite ter uma origem zoonótica, como é o caso do consumo de sopa de morcegos em mercados chineses, o problema de fundo não passa pelo consumo de animais silvestres, como bem expõe a pesquisadora Silvia Ribeiro, mas pela própria destruição dos habitats daqueles seres vivos pela agricultura industrial, o que gera as condições para as aceleradas mutações virais. Isto, acompanhado pelo uso e abuso de antibióticos para o negócio da carne (engorda e prevenção de infecções em animais).

Em outras palavras, causas estruturais, assim como outros vírus (gripe aviária H5N1, gripe suína H1N1 e a doença da vaca louca), estão relacionadas a um sistema agroalimentar que se sustenta na ideia antropocêntrica de que certos animais (porcos, vacas, galinhas) são meros objetos para a exploração. Consequentemente, como também afirma o pesquisador Rob Wallace, estamos cada vez mais inseridos em um Planeta Fazenda, onde o agronegócio busca finalmente concentrar a produção de alimentos em todo o mundo, sem se importar minimamente, seja através da apropriação de terras, desmatamento e uso de agrotóxicos.

Consequentemente, o problema vai muito além do que suscita uma visão sanitarista, centrada na saúde pública, mas, sim, está em questionar um sistema de vida atual, que declarou guerra à Natureza, ao acreditar estar acima de seus limites. Portanto, há uma necessidade urgente de políticas que coloquem no centro o cuidado com a vida, capazes de recuperar conhecimentos não apenas científicos e que permitam criar sistemas alimentares sustentáveis.

Por tudo isso, a agroecologia é a melhor alternativa frente à agroindústria atual, pois é capaz de entrelaçar saberes provenientes das chamadas ciências naturais e ciências sociais, rompendo assim a dicotomia cultura-natureza. Por isso, concebe o mundo a partir de uma perspectiva socioecológica, onde tanto as desigualdades sociais como as ambientais fazem parte do mesmo.

Além disso, a agroecologia é o resultado de vínculos com movimentos sociais e organizações de camponeses, indígenas, mulheres e trabalhadores rurais sem-terra, que concebem a alimentação autonomamente, localizados nos territórios, e não como algo externo a eles, como o negócio da alimentação quis nos fazer acreditar com seus produtos de diferentes partes do mundo, sem minimamente se importar com a pegada ecológica gerada.

O caso da Via Campesina talvez seja o mais notável que existe, pois reúne 200 milhões de agricultores, 164 organizações espalhadas por 73 países, provenientes da África, Ásia, Europa e América, onde se promove uma agricultura de pequena escala. Por isso, rejeita as concepções reducionistas e tecnocráticas provenientes da agronomia, centradas em inovações tecnológicas, que omitem fatores institucionais, onde estão em jogo as relações de poder.

É por isso que a agroecologia fomenta o diálogo intercultural, de maneira crítica aos poderes existentes, para resgatar a memória de diferentes povos na história por milhares de anos, em relação à forma como produzem seus alimentos. Não é à toa que, embora a agroindústria busque reverter isso, concentrando a terra, os pequenos agricultores são os que geram a maior parte da produção agrícola do planeta, como verificou a Organização para Alimentação e Agricultura (FAO), apesar de possuírem apenas 25% dos territórios.

Em síntese, é necessário interromper um modelo agroindustrial que gera enormes impactos socioambientais e danos irreparáveis à saúde humana e não humana, por meio de diferentes pandemias. É por isso que a agroecologia, mais do que uma alternativa, é uma necessidade para enfrentar a atual crise civilizacional, que mais uma vez se deixa ver com o surgimento do coronavírus.

*Andrés Kogan Valderrama é sociólogo argentino e editor do Observatório Plurinacional das Águas (OPLAS), onde o artigo original foi publicado. A tradução para o português é do CEPAT e foi publicada no portal do IHU.

Editado por: Luiza Mançano
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Artigo

O labirinto do Brasil por ser

‘ROMPA COM ISRAEL’

Bancada de esquerda na Câmara do Recife promove evento em defesa do povo palestino, nesta sexta (4)

Imagens da Revolução

Mostra no Cine Brasília celebra pioneirismo de Sara Gómez, primeira cineasta cubana

Luta por preservação

Justiça Federal mantém suspensão da licença prévia que autoriza obras da BR-319

PRONARA

Lula quer que Brasil deixe de ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, diz nº 2 do MDA

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.