Reino Unido

Depois de minimizar o coronavírus, primeiro-ministro inglês vai parar na UTI

O líder da extrema-direita, que está com covid-19, defendia o isolamento vertical, modelo pretendido por Bolsonaro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Segundo informe médico, Johnson não está utilizando respiradores artificiais - Divulgação/Twitter

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital St. Thomas, em Londres, nesta segunda-feira (6), por conta do agravamento de seu quadro de saúde. O político inglês anunciou, no dia 27 de março, que contraiu o coronavírus.

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Segundo a emissora inglesa SkyNews, Johnson ainda não precisa de respirador artificial, mas foi transferido para a UTI justamente para facilitar o acesso, caso venha a ter a necessidade de auxílio respiratório.

Na manhã desta segunda-feira, a assessoria do governo do Reino Unido havia comunicado à imprensa que o Johnson teve uma noite tranquila e que estava animado para a retomada da rotina. A decisão de transferir o primeiro-ministro para a UTI foi tomada por seu médico particular.

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No dia 18 de março, Johnson foi chamado ao Parlamento inglês para dar explicações sobre a demora do governo para tomar medidas para conter o crescimento de casos de pessoas contaminadas com coronavírus no país. Até então, o governo falava apenas em "mitigação" e "imunização de rebanho", que significa permitir o contágio da população, para que gerem anticorpos e não se contaminem mais com a doença. 

A recomendação inicial do governo inglês era de que apenas pessoas do grupo de risco se isolassem, idosos e doentes crônicos, exatamente a mesma medida que o governo de Jair Bolsonaro deseja adotar para o Brasil, mas que é contrariada por cientistas e governos do mundo inteiro. Hoje, já com a quarentena determinada no país, o número de contaminados é de 5.368 e 434 pessoas morreram. 

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Edição: Rodrigo Chagas