Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

Retrocesso

Zema suspende o salário de 390 lideranças comunitárias do programa Fica Vivo

Funcionários afirmam que corte pode ser ainda maior, com a demissão de mais de mil trabalhadores

07.abr.2020 às 17h28
Belo Horizonte (MG)
Rafaella Dotta

Programa foi reconhecido pela ONU como um exemplo bem-sucedido de prevenção à violência e redução da criminalidade - Reprodução/Corrente Ativa Vivo

Esse pode ser o fim dos únicos programas de prevenção à violência nas periferias e áreas vulneráveis em Minas Gerais. Como uma das medidas contra a pandemia do covid-19 (novo coronavírus), o governo de Minas Gerais suspendeu o contrato de todas as lideranças comunitárias que realizam as oficinas do Programa Fica Vivo!, o que corresponde a 393 pessoas. Segundo servidores, governo informa que mais programas serão cortados.

A denúncia é feita pelo coletivo Corrente Ativa Vivo, formado pelos oficineiros, que informa que em 31 de março seus contratos foram suspensos por tempo indeterminado. “Centenas de trabalhadores, residentes de periferias e comunidades foram descartados sem nenhuma garantia de segurança, ou possibilidade de compensação posterior, como havia informado o governador”, diz o movimento, em nota.

No decreto número 47.886, de 15 de março, o governador Romeu Zema (Novo) estabeleceu os critérios para a interrupção das atividades e trabalho remoto dos serviços públicos estaduais. “Na impossibilidade de realizar o trabalho remoto de que trata o § 1º, a frequência do servidor será abonada”, informa o texto. O benefício se estende a estagiários, contratados temporários e funcionários de estatais, mas não aos contratos de prestação de serviço do Programa Fica Vivo!.

O coletivo afirma, em nota, que propôs diversas possibilidades para a continuação do Programa, como a reposição dos dias não trabalhados, mas não foram acatadas pela Secretaria de Planejamento do Estado. Para solução do problema jurídico, instalado com o decreto de Romeu Zema, o coletivo sugere a criação de um aditivo no contrato que reconheça a continuidade do programa.

A suspensão do contrato de quase 400 trabalhadores, gerando caos financeiro para eles e suas famílias, vai contra o que economistas sugerem neste momento: que o estado auxilie a população, principalmente das vilas e favelas. Um manifesto assinado por 54 economistas da UFMG afirma que é urgente “medidas de renda à população vulnerável”, com foco em trabalhadores informais e desempregados.

“Exigimos um esclarecimento por parte do secretário de segurança junto a um posicionamento do nosso governador. Esperamos também a sensibilidade e diálogo para a construção de um novo acordo que contemple os trabalhadores e os resguardem de quaisquer dificultadores econômicos, emocionais, sociais e de saúde”, diz a nota.

Programa reconhecido pela ONU

A irresponsabilidade com os trabalhadores fica ainda maior quando se vê a importância, inclusive internacional, do Fica Vivo!. Segundo notícia do próprio governo, o programa, que acontece desde 2003, tem influência direta na redução da taxa de homicídios no estado.

“Somente em Betim, na Região Metropolitana, houve uma redução de 27,5% na morte de jovens de 12 a 24 anos nas áreas de atuação dos programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos, na comparação janeiro a outubro de 2017 com 2018. A faixa de redução de mortes coincide com a atendida pelo Fica Vivo!”, afirma a página da Secretaria de Segurança Pública na internet.

Em 2006, o programa foi escolhido como um dos finalistas no Prêmio Global de Excelência de Melhores Práticas para a Melhoria do Ambiente de Vida, da Organização das Nações Unidas (ONU). O programa foi citado novamente pela ONU em seu Relatório de Desenvolvimento Humano para a América Latina 2013-2014 como um exemplo bem-sucedido de prevenção à violência e redução da criminalidade.

Servidores alertam para demissão em massa

Em conversa com a reportagem do Brasil de Fato, funcionários de outros programas de prevenção à criminalidade contam que foram comunicados da sua quase certa demissão. O governo estadual teria informado às gerências, nesta segunda (6), que diversas secretarias sofrerão cortes e, na Secretaria Estadual de Segurança Pública, o repasse financeiro ao Instituo Elo seria suspenso.

O Instituto é quem contrata os profissionais para os programas estaduais de combate à criminalidade: Fica Vivo!, Mediação de Conflitos, Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa) e Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp). Fora esses, ainda há rumores de demissão e cortes em outros programas, como a Casa de Semiliberdade, que atende adolescentes.

Os profissionais afirmam que este corte significa a paralisação completa dos programas e demissão de mais de mil pessoas. Segundo os funcionários, que não querem se identificar por medo de retaliações, os gestores dos programas estão reunidos com a secretaria para negociar um funcionamento mínimo, em torno de 10%. O governo teria prometido o anúncio oficial para esta quarta (8).

Posicionamentos

O governo de Minas foi procurado, mas ainda não respondeu à reportagem. O Instituto Elo não foi encontrado em seus contatos oficiais.

Editado por: Elis Almeida
Tags: minasgerais
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

LAWFARE?

Justiça argentina ratifica sentença contra Cristina Kirchner; ex-presidenta não poderá ser candidata e deverá cumprir pena de prisão

CINEMA

Festival Santa Cruz tem abertura com competição de curtas-metragens

Minimizou tentativa

Bolsonaro trata plano golpista como ‘crítica’ estudada dentro das ‘quatro linhas’ em depoimento ao STF

SITUAÇÃO DEGRADANTE

Mais de 6 mil crianças são resgatadas do trabalho infantil em 2 anos

MAIS PROTEÇÃO

Paraíba amplia rede de proteção a mulheres com três novas Delegacias da Mulher (Deams) nas cidades de Solânea, Catolé do Rocha e Juazeirinho

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.