Os recentes pronunciamentos do presidente mostram que Bolsonaro está mais interessado em permanecer no cargo do que com o número de mortos. De olho nas dificuldades econômicas que se agravarão no próximo período, ele condena o isolamento para, depois, poder dizer que o problema econômico não é responsabilidade dele. Os empresários aliados ao governo, por sua vez, manifestam-se colocando seus lucros acima da vida da população.
O dono de uma rede de shoppings em Santa Catarina, por exemplo, fez chantagem: prometeu doar respiradores, mas só se suas lojas reabrirem. O momento exige tributar grandes fortunas, taxar lucros, distribuir renda. Mas o governo e as empresas alinhadas a ele querem que os trabalhadores paguem, mais uma vez, a conta da crise. O auxílio emergencial veio, mas demorou e, não é demais lembrar, Bolsonaro queria que fosse menor (de apenas R$ 200,00).
Enquanto o presidente e seus aliados colocam a vida da população em risco, o povo se organiza em ações de solidariedade aos que estão com o sustento comprometido. São diversas as iniciativas que estão se espalhando pelo país, na chamada campanha “Periferia Viva”. No Paraná, apenas o MST doou 5 toneladas de alimentos às pessoas que mais precisam. Há esperança. E ela vem do povo organizado.