Paraná

SOLIDARIEDADE ATIVA

Que tipo de solidariedade estamos falando?

O Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD) articulou a campanha nacional “Periferia Viva!"

Londrina (PR) |
Foto de ação dos movimentos populares ao lado de associações de moradores em Curitiba - Giorgia Prates

Em tempos de pandemia há muitas incertezas, mas uma coisa é certa: só vamos conseguir sair dessa com muita solidariedade. Não se trata, porém, de qualquer ação solidária. Junto com a doação é necessário ouvir a população, entender suas demandas e criar espaços de fala; diferentemente do que bancos e grandes empresas vêm fazendo, em todas as esferas. Junto à ação tem que chegar também uma mensagem de responsabilidade coletiva de um povo que não pode mais apenas assistir a própria história. A solidariedade deve conter um objetivo claro: a organização, autonomia e emancipação da população. Essa é a diferença chave para entender o trabalho que está sendo realizado pelos movimentos populares que lutam por um Projeto Popular para o Brasil.
É neste espírito, por exemplo, que o Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD) articulou a campanha nacional “Periferia Viva! Solidariedade para combater o coronavírus”. Organizada em âmbito federal, estadual e municipal, a ação projeta outras atividades além de arrecadar alimentos e materiais: assistência social e jurídica; e articulação com profissionais da saúde, por meio de diálogo com a Rede de Médicos e Médicas Populares, buscando orientar, cuidar e produzir materiais sobre o novo coronavírus.
Em Londrina (situada no norte do Paraná), uma série de atividades estão sendo pensadas. A primeira delas é desenvolvida junto aos moradores da ocupação Flores do Campo, localizada na extrema região norte da cidade. O caráter da campanha é impulsionar territorialmente essa solidariedade e contribuir a partir de demandas trazidas pelos próprios moradores.
É nesses parâmetros que se pretender avançar neste cenário de pandemia: em defesa da vida, da garantia do isolamento social, de comunicação popular, e da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, fortalecendo a organização popular.

Edição: Pedro Carrano