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Brasil tem 38.654 casos confirmados e 2.462 mortes por coronavírus

A Secretaria de Saúde de São Paulo anunciou que estado ultrapassou mil mortes pela doença

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Enterro sendo realizado em Manaus (AM). Amazonas contabiliza mais de 1,4 mil casos confirmados de covid-19 e 90 mortes no período de 1 mês - Foto: Amazônia Real

O Ministério da Saúde divulgou na tarde deste domingo (19) os último números sobre o coronavírus no país. Já são 2.462 mortes  e 38.654 casos confirmados por covid-19. Nas últimas 24 horas, o país registrou 2.055 pacientes infectados e 115 óbitos. 

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo também atualizou os números neste domingo. Somente no estado, são 1.015 mortes pela doença, e em 93 municípios há pelo menos um óbito. A capital paulista contabiliza 700 vítimas. Ela é seguida de Guarulhos, 28 vítimas, Osasco, 27 e São Bernardo do Campo, 20.

Ato pela ditadura 

Ignorando mais uma vez as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) Jair Bolsonaro, voltou a provocar aglomerações na tarde deste domingo. Em um ato realizado em Brasília (DF), o presidente discursou para apoiadores em frente ao QG do Exército. Os manifestantes carregavam faixas que pediam a volta da intervenção militar, inclusive aludindo ao AI-5.

“Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção no Brasil, tem de ser patriotas, e acreditar que fazer sua parte para colocar o Brasil em lugar de liderança e destaque. Acabou. Acabou a época patifaria. Agora é o povo no poder”, pronunciou o presidente.

Pelo twitter, Jair Bolsonaro foi alvo de críticas de importantes figuras da área jurídica do país. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso publicou que é assustador ver manifestações que peçam a volta à ditadura depois de 30 anos de democracia no país.

"Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso" escreveu.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz também se manifestou. Pela rede social pediu que quem defenda a democracia deve se unir, superando diferenças "em nome do bem maior chamado liberdade".

A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann também se manifestou pela rede social "Num momento grave e de incerteza, o país assiste ao presidente da República não apenas romper isolamento como apoiar a volta do AI5 e escancarar suas ameaças a democracia." E finalizou sua mensagem também pedindo a união pela democracia. 

 

Edição: Lucas Weber