Crise política

Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 24 de abril de 2020

Deputada Gleisi Hoffmann e cientista político Cláudio Gonçalves Couto analisam crise a partir de demissão de Sergio Moro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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"Foi um pronunciamento confuso, mencionando assuntos minúsculos que fariam muito mais sentido para um discurso de deputado do baixo clero do que para um discurso de um presidente da República", assim resumiu o cientista político Cláudio Gonçalves Couto o pronunciamento do presidente da República Jair Bolsonaro sobre a saída de Sergio Moro do Ministério de Justiça. 

Moro pediu demissão do Ministério da Justiça na manhã desta sexta-feira (24), após exoneração de Marcelo Valeixo do cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal. Em pronunciamento feito para explicar os motivos de sua saída, Moro afirmou que não assinou demissão de Valeixo, e que considerou ofensiva a inclusão de seu nome na decisão publicada no Diário Oficial da União. 

Sobre o discurso de Bolsonaro, Gonçalves, que é coordenador do Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que o presidente da República "jogou para torcida" com um discurso ideológico: "ele se dirigiu a uma parte daquilo que ele identifica como sua base mais estrita". 

O cientista político diz que chamou muito a atenção "o grau de preocupação dele com o caso Marielle". "Em reiterados momentos ele fez menção ao assunto. Por que ele trouxe esse assunto à baila, inclusive com riqueza de detalhes, mencionando os vários filhos e seu possível envolvimento na trama? A impressão que dá é que o presidente da República está tentando se vacinar contra algum tipo de revelação que o ex-ministro da Justiça possa produzir". 

Também em entrevista ao Jornal Brasil Atual, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que, em seu pronunciamento Moro confessou crimes e delatou Jair Bolsonaro.

Confira todos os destaques no início do jornal.

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Edição: Mauro Ramos