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Início Política

Especial 1° de Maio

Cientista política acredita que o trabalho precarizado agrava a pandemia

Professora Céli Pinto afirma que os trabalhadores perderam todos os direitos como nunca na história

30.abr.2020 às 19h29
Porto Alegre
Walmaro Paz

"O trabalho está completamente precarizado, uberizado no mundo, e no Brasil pior ainda porque é o segundo país mais desigual do mundo" - GIG/Repórter Brasil

A cientista política e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Céli Pinto afirmou que enquanto a burguesia se manteve nos padrões que sempre existiu, acumulando riquezas e priorizando o lucro, neste século os trabalhadores perderam todos os direitos e tiveram o trabalho precarizado como nunca na história. Para ela este é um dos grandes problemas da atualidade.

No caso brasileiro, segundo ela, a situação ainda é pior, pois somente os servidores públicos mantiveram algum direito e vem sustentando o Estado. Já as pessoas que deveriam estar governando estão vendendo todos os ativos e toda a riqueza para investidores de fora. “O grande problema do capitalismo é que os detentores do capital se mantiveram muito constantes. A burguesia, no que pese as suas transformações ao longo de dois séculos, ainda pode ser identificada nos textos do Marx. Te põe a ler os textos do Marx e tu identificas a burguesia. A burguesia de hoje, mesmo que ela seja internacionalizada, mesmo que não exista mais essa burguesia nacional, mesmo que ela seja financeira, a preocupação dela, sua razão de existir é a acumulação de capital e o lucro. É o princípio do capitalismo.”

Porém, segundo Céli, se olhar para o lado do proletariado, aquele que o Marx descrevia lá no século XIX, a gente não encontra mais. Ou seja, o capitalismo ao longo da história transformou completamente o proletariado. E essa é uma das questões complicadas que hoje nós temos que enfrentar. “Pois nós temos uma burguesia que trabalha constantemente para reproduzir  o capital desde o século XVIII, século  XIX, século XX, século XXI; e temos um proletariado que se transformou numa classe popular extremamente heterogênea, que foi expulsa em grande medida das indústrias, tanto no Sul Global, como no Norte.”

A professora explica que nós temos uma classe popular. Uma grande camada de população pobre, não proletária e precariamente trabalhando. “E isso vem de antes do vírus, antes até mesmo do governo Bolsonaro no Brasil. Nos últimos 20 anos tivemos uma transformação do trabalho no mundo. E esta transformação se dá contra, ao contrário do que ocorreu no século XX, que foi uma transformação a favor das classes populares.” 

“Quem sustenta o mínimo do Estado, são os servidores públicos”

Conforme Céli, esta pandemia encontra o capitalismo em um momento de grande desigualdade social, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Com um aumento da pobreza e um emprego extremamente precarizado. “Nestas condições, sem governo como nós estamos no Brasil, quem sustenta o mínimo do Estado, são os servidores públicos. Esta é uma questão muito irônica, porque o governo Bolsonaro bate sem parar nos servidores públicos e este país ainda não parou única e exclusivamente devido ao fato dos servidores públicos existirem, porque o governo não existe mais.”

Para ela, isso é fantástico, principalmente neste momento “em que o servidor público é tão combatido por essa coisa disforme que está em Brasília e que eu me nego chamar de governo, e mesmo de desgoverno, não existe mais governo no Brasil. Existe o Estado que é o conjunto dos servidores públicos. Então parece que é o único setor do trabalho que conseguiu se manter”.

O país é como um barco à deriva

Céli acrescentou que “o ministro da Saúde teve a capacidade de dizer um dia destes que o importante não eram os dados, mas as interpretações de dados. O que é divertido porque qualquer introdução ao trabalho científico sabe que só pode interpretar dados se tu tiveres os dados”. Para a cientista política o que se tem neste momento de pandemia é uma tragédia em relação as pessoas de baixa renda, as classes populares, porque o trabalho está completamente precarizado, uberizado no mundo, e no Brasil pior ainda porque é o segundo país mais desigual do mundo. Parece que só o Haiti é mais desigual que o Brasil. E ao mesmo tempo é um país extremamente rico. É uma das 20 maiores economias do planeta.

“Então a situação atualmente é realmente calamitosa. E vai ficar cada vez pior. Não existe projeto nenhum no governo. Não existe um núcleo pensante nestas pessoas que estão em Brasília. É uma coisa assustadora. Se tu pegares o regime militar, com todos os inúmeros defeitos, uma ditadura horrorosa, tinha um grupo que pensava. Economia, Justiça, Educação. Atualmente ninguém pensa e isso é muito assustador.”

Na sua análise, o país é como um barco à deriva e só não está mais à deriva porque tem um corpo de funcionários públicos profissionais em alguns setores de altíssimo nível e que estão segurando o país. “São estes que Bolsonaro e o Paulo Guedes odeiam tanto. Se precarizou o trabalho todo. Se tirou todo e qualquer direito dos trabalhadores. Eles perderam a carteira de trabalho e foram dirigir aplicativos ou fazer tele entrega. Uma quantidade imensa de gente pedindo dinheiro na rua. Não existe nenhuma garantia de trabalho. O trabalho é completamente precarizado”, concluiu.

Editado por: Katia Marko
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