Ceará

Coronavírus

Terra indígena Tremembé, no Ceará, tem dificuldade de manter barreira contra pandemia

Os Tremembé estão seguindo as orientações da OMS em relação ao isolamento e combate à disseminação do novo coronavírus

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Em Itapipoca, município onde se situa o território Tremembé, já são 90 casos confirmados de covid-19 e quatro óbitos - Foto: Divulgação

O povo Tremembé da Barra do Mundaú, localizados em Itapipoca (CE), implantou desde sexta-feira (1) uma barreira sanitária, com monitoramento 24 horas, na entrada da terra indígena com o intuito de proteger o território da pandemia de Covid-19. Os Tremembé estão seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação ao isolamento e ao combate à disseminação do novo coronavírus. 

No entanto, os indígenas tem encontrado dificuldades para manter a barreira sanitária. “A coisa aqui está séria. Nós estamos orientando o uso de máscara e várias pessoas não querem respeitar essa orientação. Alguns andam com a máscara no bolso só para fazer o conflito, outros passam (da barreira) com a máscara e quando passa da porteira joga a máscara no chão”, conta o agende de saúde indígena Samuel Tremembé. Os indígenas relatam também que aglomerações de pessoas bebendo estão acontecendo dentro do território indígena e temem que possa haver um conflito ainda maior com a presença de pessoas alcoolizadas.

Em Itapipoca, município no qual se encontra o território indígena em questão, já são 90 casos confirmados de Covid-19, 4 óbitos e ainda 454 casos suspeitos, segundo boletim epidemiológico da Prefeitura de Itapipoca divulgado no último dia 3. Caso a pandemia de Covid-19 chegue nas terras indígenas poderá ter um efeito devastador para essas populações. Os Tremembé pedem apoio e solidariedade para a manutenção da barreira sanitária no território indígena com o intuito de proteger o território, e as pessoas que nele vivem, protegidos.
 

Edição: Monyse Ravena