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OPINIÃO

Artigo | 17 de maio: LGBTs podem salvar vidas em tempos de pandemia

STF formou maioria provisória pela doação de sangue por homossexuais e votação deve terminar na sexta-feira (08)

06.maio.2020 às 15h44
Porto Alegre
Lucas Gertz Monteiro

Medida contribui no avanço dos direitos da população LGBT e possibilita que milhares de brasileiros tenham suas vidas salvas em meio a crise econômica e sanitária - Paulo Pinto / FotosPublicas

Em poucos dias, LGBTs de todo mundo têm uma de suas principais datas no calendário de lutas da comunidade para erguer a bandeira colorida. O 17 de Maio marca o Dia Internacional de combate à LGBTfobia. Há 30 anos, a homossexualidade era retirada da lista de Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Finalmente o desejo entre pessoas do mesmo sexo deixa de ser considerado uma doença.

Apesar dos avanços nos governos neodesenvolvimentistas de Lula e Dilma, justamente por um avanço na conquista de direitos, por muito tempo os LGBTs foram alvo de perseguição e discriminação. O estigma colocado na comunidade LGBT levou-a ao contexto de vulnerabilidade extrema, que se traduziu por muitos anos em internações compulsórias em alas psiquiátricas pela família e legitimada pelo Estado, abandono forçado dos lares, falta de direitos sociais e um árduo processo de desumanização de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Travestis que, por muitos anos, tiveram a prostituição como principal meio de sobrevivência. Tendo em vista a característica racista e patriarcal na formação da classe trabalhadora brasileira, tais fatores seguem refletindo nos dias atuais e por isso a luta por direitos sociais e dignidade é uma luta constante nos movimentos LGBT.

O mundo vive a pandemia da covid-19 num contexto de crise econômica mundial do capitalismo. Tal crise já apontava uma desestabilização econômica, política e social que agrava problemas sociais, ambientais e sanitários. No Brasil, essa crise tem apresentado maior intensidade com as medidas políticas tomadas pelo presidente neofascista Jair Messias Bolsonaro. O desmonte do Estado, dos direitos sociais, os fortes ataques às liberdades democráticas e principalmente o descaso atual com a "Coronacrise" têm deixado poucos elementos para se comemorar.

Nos primeiros dias do mês de maio, o país já contabiliza mais de 100 mil infectados e 7 mil mortos por covid-19. Enquanto governos estaduais, movimentos sociais e milhares de brasileiros constroem meios para evitar que a Saúde Pública brasileira entre em colapso e que menos brasileiros tenham suas vidas tiradas pela pandemia, Bolsonaro e seu governo seguem na contramão de todos, sendo contra o Isolamento Social e sem nenhum investimento no Estado como instrumento de dar condições dignas para seu povo.

Diversos profissionais da Saúde têm denunciado as péssimas condições de trabalho; os hospitais brasileiros, públicos e privados, já demonstram um esgotamento de leitos e outros serviços. Entre eles, a escassez dos bancos de sangue nos hemocentros. Coincidentemente, no mês que marca o dia de combate à LGBTfobia, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria provisória de votos na sexta-feira, 1º de maio, contra restrição que impede doação de sangue por homossexuais. Tal medida foi tomada devido aos baixos estoques de sangue dos hospitais por causa do coronavírus.

Atualmente, bancos de sangue não aceitam doação de homens que tenham feito sexo com outros homens nos 12 meses anteriores à coleta. A proibição é extremamente preconceituosa e reforça a ideia de que LGBTs são pessoas doentes, trazendo o estigma do HIV/AIDS tão presente no imaginário discriminatório. A votação deve terminar na próxima sexta-feira, 8 de maio, onde os ministros podem mudar sua decisão e os demais membros da Corte ainda vão votar. É imprescindível pautar a aprovação do STF para tal medida, pois a mesma contribui no avanço dos direitos da população LGBT e possibilita que milhares de brasileiros tenham suas vidas salvas em meio ao caos instaurado pela crise econômica e sanitária.

Nesse 17 de maio temos que fortalecer a luta por políticas públicas e sociais para a população LGBT, pois ainda tem muito o que avançar, ainda mais em tempos de crise sanitária, econômica, conservadorismo e de escalada autoritária neofacista. Por isso, é o momento de agir coletivamente, com unidade ampla, com solidariedade para com todas e todos. É tempo de retomar o vínculo com o povo brasileiro, de construir um projeto de país que nos liberte do nosso passado colonial e escravocrata. A vida está no centro da política, por isso, devemos lutar por dignidade, direitos e democracia!

 

* Lucas Gertz Monteiro é 2º Diretor LGBT da União Nacional dos Estudantes (UNE) e militante do Levante Popular da Juventude

 

Editado por: Marcelo Ferreira
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