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Crime Organizado

Dos grupos de extermínio à política institucional: entenda a trajetória das milícias

Segundo pesquisador, estrutura das milícias tem início durante a ditadura militar no Rio de Janeiro

05.maio.2020 às 19h05
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister

Milícias enveredaram para a política a partir da década de 1990 - Daniel Ramalho / AFP

O depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro na sede da Polícia Federal de Curitiba, no Paraná, no último sábado (2), foi divulgado ontem à imprensa. Nele, o ex-juiz federal afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alegou que "queria" a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro sob sua influência, sem explicar o motivo. 

A denúncia de Moro veio à público dez dias depois da reportagem especial publicada pelo site The Intercept Brasil com base em documentos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) que aponta que o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos) financiou e lucrou com a construção ilegal de prédios erguidos pela milícia com dinheiro público. 

O imbróglio envolvendo a família Bolsonaro se aproxima, cada vez mais, do poder territorial, político e financeiro do que se tornou o maior desafio para o estado do Rio: as milícias.

O início

De acordo com José Claudio Alves, professor de sociologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e autor do livro Dos barões ao extermínio: uma história da violência na Baixada Fluminense, o surgimento das milícias no Rio está diretamente ligado aos grupos de extermínio que ganharam força e consolidação, principalmente na baixada fluminense, na década de 1960, durante a ditadura civil-militar que se instalou no Brasil.

“Há alguns grupos que emergiram na história da polícia do Rio de Janeiro já na década de 1950 que apontava na direção de formação de esquadrões da morte, mas a forma mais disseminada, mais contundente e veloz de acumulação e execuções sumárias, isso vai acontecer a partir de 1967, que é quando tem a formação pela ditadura militar da Polícia Militar (PM) nos moldes que até hoje ela existe: uma força auxiliar da ditadura militar, uma força repressiva e ostensiva”, explica o pesquisador que há 27 anos estuda o tema dos grupos de extermínio no Rio. 

Para Alves, é possível traçar uma linha do tempo da evolução do poder desses grupos criminosos até os dias de hoje. Segundo ele, na década de 1970 as organizações expandiram a capacidade de matar; nos anos 1980, os grupos terceirizaram a sua ação para que civis montassem os seus grupos de extermínio com o apoio desses agentes públicos de segurança e na década de 1990 o foco se torna a política e começa a consolidação da fase miliciana dos grupos de extermínio.

“A fase miliciana dos grupos de extermínio ocorre quando vai criar um conjunto de novidade, de superação da fase anterior dela, quando eram meramente matadores. A milícia tem a base de matadores, só que eles abrem um conjunto de negócios e serviços que vão monopolizar e se impor na sociedade. Há um leque grande de venda de terreno, imóveis, água, de botijão de gás, gato-net, acesso a serviços públicos de saúde, hospitais, exames, eles vendem votações em áreas inteiras que controlam e combustíveis adulterados”, detalha. 

Blindagem

Segundo aponta a reportagem de Sérgio Ramalho, no The Intercept Brasil, o envolvimento de Flavio Bolsonaro estaria no setor de serviços da milícia no Rio de Janeiro e por isso o presidente Bolsonaro estaria tentando interferir na Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, e em Brasília para ter acesso privilegiado à informação sigilosa.

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Conforme apurou a reportagem do Intercept, Flávio Bolsonaro estaria recebendo atualmente o lucro do empreendimento a partir de repasses feitos pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, que foi morto durante uma operação policial em fevereiro na Bahia e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que trabalhou com Flavio, de 2007 até 2018, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

A interferência de Jair Bolsonaro na PF além de aparentar uma tentativa de blindagem do seu filho Flavio Bolsonaro, pode representar, segundo o professor Alves, um meio de limitar as investigações sobre as milícias no Rio. “Se a PF tem o controle dessa estrutura de poder, o projeto de federalizar as investigações no Rio de Janeiro para colocar limite na milícia, não vai ocorrer”, destaca.

Posicionamentos

O senador Flavio Bolsonaro não se manifestou publicamente sobre a denúncia. Ao Congresso em Foco, o advogado de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, refutou as acusações da reportagem doThe Intercept. Segundo o site, o advogado disse que o senador é vítima de “uma armação, um ardil asqueroso dos socialistas que não param até derrubar esse governo”. 

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Já o MP-RJ destacou em nota enviada à imprensa: "Por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), o MP-RJ esclarece que, em relação à matéria publicada no site Intercept  'Rachadinha de Flávio Bolsonaro financiou prédios ilegais da milícia no Rio', a publicação não retrata a verdade dos fatos. E que, em razão do sigilo decretado nas investigações, não é possível fornecer outras informações no momento".

Editado por: Mariana Pitasse
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