Pesquisa

Reprovação sobre desempenho de Bolsonaro cresce e vai a 55%

Dados também apontam questões relacionadas a pandemia: 67,3% acreditam no isolamento social de toda população

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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A reprovação do governo também disparou desde janeiro, saltando de 31% para 43,4%, aponta pesquisa da CNT/MDA - Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

O percentual da população que avalia o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) como negativo chegou a 43,4%, de acordo com a pesquisa do Instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta terça-feira (12). 

O número representa mais um aumento de 12,4 pontos percentuais desde janeiro, quando o percentual era de 31%. Naquele mês, as avaliações negativas do primeiro ano mandato de Bolsonaro já representava o pior resultado desde 2004. Se comparadas aos dados da pesquisa de fevereiro de 2019, em que a porcentagem de ruim ou péssimo chegava a 19%, a diferença sobre para 24,4%. Ou seja, a avaliação negativa disparou.

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Quanto às avaliações positivas, Bolsonaro também piorou em relação a janeiro. No entanto, 32% dos brasileiros continuam avaliando o governo do capitão reformado como positivo – uma queda de 4,5%. O estudo foi realizado a partir de aproximadamente duas mil entrevistas, entre 7 e 10 de maio, correspondentes de 494 municípios de 25 estados, e apresenta uma margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
 

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Reprovação pessoal

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De acordo com a pesquisa, 39,2% aprovam o desempenho de Jair Bolsonaro à frente da presidência, 8,6% a menos do que em janeiro. A reprovação aumentou, eram 47% e agora são 55,4%. Se comparada com os dados de fevereiro do ano passado, quando a desaprovação atingia 28%, a rejeição de agora, é praticamente o dobro.

::Movimentos populares se unem em defesa da vida e pedem saída de Jair Bolsonaro::

As expectativas da população para os próximos seis meses também reverteram o viés positivo do início do ano e passaram a ser pessimistas. Com relação a saúde e emprego, cerca de 52,3% e 68,1%, respectivamente, avaliam que a situação “vai piorar”. Ao projetar o futuro próximo da educação, 47,4% acreditam que “vai piorar”. Sobre segurança pública, 34,9% estão pessimistas e, em relação à renda mensal, 46,7% consideram que “vai diminuir”. 

Isolamento, endividamento, eleições e política

Em relação ao isolamento social durante a pandemia do coronavírus, 67,3% das pessoas consideram que deve ser adotado por todos, independentemente de pertencer ou não ao grupo de risco. Para 29,3%, o isolamento só deve ser praticado pelas pessoas que fazem parte do grupo de risco e 2,6% acreditam que não deveria existir isolamento social.

Outro dado sobre os impactos da covid-19, 37,7% dos brasileiros já declaram que deixaram de pagar alguma dívida em função das consequências da pandemia. 

Sobre as eleições municipais previstas para outubro deste ano, 62,5% avaliam que devem ser adiadas devido ao coronavírus e 30,4% acham que devem mantidas para a(s) data(s) prevista(s), apesar dos impactos da crise sanitária.

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Quanto às manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), 51,8% dos entrevistados afirmam ser contrários a elas, 28,8% são a favor e 10,8% não são nem a favor nem contra.

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Já a respeito da saída do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, 39,9% acham que o combate à corrupção no Brasil vai continuar como está, 39,7% consideram que vai piorar e 12% avaliam que vai melhorar.

Edição: Rodrigo Chagas