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“Não é uma gripezinha”, alerta atacante Everton Cebolinha após perder o avô

Jogador do Grêmio e da Seleção Brasileira fez desabafo nas redes sociais: "Parece que o mundo desabou"

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
“Sua partida quebrou meu coração, nunca tinha sentido algo assim antes”, escreveu Cebolinha sobre a morte do avô - Reprodução/Facebook

Atacante do Grêmio e da Seleção Brasileira, o jogador Everton Sousa Soares, o Cebolinha, lamentou, nesta quinta-feira (21), a morte do avô, vítima da covid-19. Em postagem no Instagram, Cebolinha lançou o alerta: “Não é uma gripezinha e está mais perto do que imaginamos”, disse, em referência ao pronunciamento feito por Jair Bolsonaro em 20 de março, quando o presidente fez pouco caso do quadro de pandemia.

Everton descreveu o avô, Francisco Albuquerque de Araújo, como seu maior fã e responsável por fazer o futebol entrar na sua vida. Araújo morava em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará.

“Sua partida quebrou meu coração, nunca tinha sentido algo assim antes”, escreveu o jogador no Instagram. “Parece que o mundo desabou. Fiquei sem chão e, meu vô, não tenho palavras para descrever o homem que você foi, sempre fez presente na minha vida. Em saber que você morreu em Cristo, isso me conforta. Seu Francisco que falta você já faz”, detalhou, postando foto ao lado de Araújo. Quando Everton ainda vivia no Ceará, era o avô quem levava o então menino aos treinamentos e jogos.

Muito mais que uma "gripezinha"

A referência à pandemia como uma “gripezinha” foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em 20 de março. Quatro dias depois, quando a doença já tinha feito 46 vítimas e infectado mais de 2 mil pessoas, ele voltou a chamar a covid-19 de “gripezinha”, novamente menosprezando a potência letal do coronavírus.

Segundo dados oficiais disponibilizados pelo próprio Ministério da Saúde, o Brasil totalizou, nesta quinta-feira (21), 291.579 casos confirmados da doença e 18.859 mortes. De acordo com o balanço mundial atualizado nesta quinta-feira pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil já é o terceiro país com mais infectados, atrás apenas dos Estados Unidos (1.573.742) e da Rússia (317.554).

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira e Vivian Fernandes