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Início Política

ISOLAMENTO PRODUTIVO

Bolsonaro submete o povo aos escravocratas dos tempos atuais, avalia membro do MST

Dirigente do Movimento comenta isolamento no campo, PL da grilagem e ações de solidariedade da agricultura familiar

24.maio.2020 às 19h58
Recife (PE)
Vanessa Gonzaga

Jaime explico como o MST orienta o combate à covid-19 nas áreas de assentamentos e acampamento - Arquivo Pessoal

O integrante da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim, avalia que, no campo, o isolamento social não impede o trabalho na agricultura familiar, o que ele chama de isolamento produtivo. 

“Nós temos uma relativa vantagem que é poder se manter em casa e trabalhando. Estamos obedecendo as regras de saúde porque cada núcleo familiar tem uma rotina própria de trabalho. Daí vem esse conceito de confinamento produtivo, para nos alimentar e alimentar a população das cidades”. 

:: Finapop: MST ganha parceiros para revolucionar agricultura familiar no Brasil :: 

Em uma série de artigos que escreveu para o Brasil de Fato, Jaime explica que no campo o isolamento não impede o trabalho na agricultura familiar, o que ele chama de isolamento produtivo “nós temos uma relativa vantagem que é poder se manter em casa e trabalhando. Estamos obedecendo as regras de saúde porque cada núcleo familiar tem uma rotina própria de trabalho. Daí vem esse conceito de confinamento produtivo, para nos alimentar e alimentar a população das cidades”

Para ele, a maior medida de combate ao vírus no campo é diminuir a circulação dos camponeses na cidade. Além das orientações da Organização Mundial de Saúde, Jaime explica que o próprio Movimento tomou medidas de isolamento dentro dos assentamentos em Pernambuco, “Definimos fechar os bares dentro do assentamento, porque é um lugar de aglomeração; também pedimos o pessoal para não praticar esportes coletivos, como o futebol; passamos a orientação de não realizar mais cultos e missas, porque as pessoas estavam vindo da cidade se reunir no campo”. 

:: Plataforma emergencial propõe medidas de defesa do campo, das florestas e das águas :: 

Crise Alimentar 

É possível que o cenário de crise alimentar chegue ao Brasil? Jaime afirma que a Via Campesina vem debatendo o tema “é simples de entender. Não estamos dizendo que vamos ter crise, mas depende de alguns fatores. Um deles é quanto tempo essa pandemia vai durar, porque já se trabalha com a ideia de um pico em junho, o que é ainda mais tempo, porque ainda é necessário um tempo para diminuir os casos, correndo o risco de um novo aumento de casos”. 

Ele aponta que hoje uma das questões centrais é quem domina a produção de alimentos no mundo e que no Brasil e em outras partes do mundo toda essa estrutura foi privatizada “aquilo que era estratégico para a soberania nacional, o controle do estoque, preços e produção agrícola, depois do neoliberalismo passou a ser das grandes empresas. O mundo está refém das grandes empresas internacionais”.

:: Armazém do Campo Recife faz lives com artistas sobre política, arte e solidariedade :: 

O dirigente ressalta que o agronegócio pode criar um boicote com aumento dos preços, criando um clima de pânico “temos alimento suficiente, mas o sistema de commodities vende pensando no futuro. Não existe mais alimentação, eles vendem commodities. Quando falamos de crise alimentar, a questão é a perda de soberania dos Estados sobre esse sistema de estoque, preços e produção de alimento”.

Ele apontou que a pandemia se junta a crise política, econômica, ambiental e que é possível se utilizar desse processo para impor ao mundo pós pandemia novas regras de distribuir e controlar a produção de alimentos. 

 

Jaime Amorim, integrante da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi o entrevistado na terça-feira (19), no programa Aqui pra Nós. Jaime também é um dos representantes da América do Sul na Coordenação Internacional da Via Campesina.

 

PL da Grilagem 

Para Jaime, o Projeto de Lei 2633, chamado pelas organizações do campo de PL da grilagem faz jus ao projeto, “Bolsonaro dizia que se ganhasse as eleições entregaria as terras indígenas para os produtores rurais e é isso que ele está fazendo agora. Cada pessoa na Amazônia pode regularizar até 1500 hectares gratuitamente, precisando apenas comprovar a posse.

Os incêndios na Amazônia fazem parte disso, porque os grileiros vão dizer que aquela terra incendiada é deles e que ali eles produziam algo. Isso vai ser o caos na Amazônia” Jaime afirma que o cálculo das organizações é de que 80 milhões de hectares serão entregues aos grandes fazendeiros. Ele lembra que a terra é maior do que a primeira Lei de Terras do Brasil, que data de século XIX “é um assalto de terras públicas indígenas, e de reservas ambientais”. 

:: Relator da "MP da Grilagem" apresenta Projeto de Lei com mesmo teor e acentua disputa :: 

O dirigente entende que essa movimentação com os partidos da bancada ruralista pode ser para evitar um possível impeachment, mas também afirma que a saída de Bolsonaro da presidência é urgente “se nas últimas semanas o Fora Bolsonaro já era importante, hoje a sua destituição é necessária para salvar vidas, reconstituir a unidade nacional e criar uma iniciativa para evitar que o vírus se expanda. Salvar o povo brasileiro é destituir Bolsonaro” aposta. 

Jaime elenca duas as tarefas dos movimentos do campo: “A primeira é a  Reforma Agrária, que é uma pauta moderna, urgente e necessária, para evitar a concentração do latifúndio e ser uma fonte de trabalho contra o desemprego, a fome e a miséria”. A segunda é a produção de alimentos “Espero que a sociedade entenda o recado. Na Europa, onde o vírus causou destruição, as pessoas tiveram sua imunidade abalada pela alimentação, que é baseada numa matriz cheia de agrotóxico. O mundo precisa superar a produção com agrotóxicos e temos condições de fazer isso”. 

Solidariedade

Em todo o estado, o MST impulsionou uma série de iniciativas de solidariedade, que como Jaime ressalta, tem um caráter político “a solidariedade é um valor, mas também uma atitude que inspira coragem e acima de tudo, a determinação de superar os momentos difíceis. Solidariedade não é compaixão. A elite faz isso, doa roupas, alimentos e fica por isso. Solidariedade é outra coisa, é colocar a vida a serviço do outro”. 

:: Em Rondônia, MST doa 3 mil quilos de alimentos para Fundação Casa e Apae :: 

Desde março, o Movimento se juntou com a Arquidiocese de Recife e Olinda, Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Frente Brasil Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e a Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (FETAPE) para desenvolver ações como a doação de marmitas, cestas básicas, orientações jurídica e locais para higienização da população de rua em Recife, Olinda, Caruaru, Garanhuns, Petrolina, Goiana, Santa Maria da Boa Vista, Serra Talhada e Petrolândia

“Não é pra resolver a vida das pessoas, isso é responsabilidade do Estado. Agora, nosso próximo passo é qualificar agentes de promoção de saúde nas comunidades, com moradores atuando nos bairros para a conscientização das medidas de combate ao coronavírus” explica. Ele afirma que não só os militantes dos movimentos populares, mas outros trabalhadores “estão dando a vida por essa causa.

As pessoas, especialmente da saúde, estão entrando na exaustão para salvar vidas. Estamos vendo ótimo profissionais disponibilizando o seu conhecimento e sua vida para salvar outras. O bom mineiro não aparece nas águas calmas, mas nas tempestades, que é quando as águas se turvam. Vamos sair desse processo numa outra compreensão do que é solidariedade e do combate ao fascismo. É preciso ter responsabilidade” afirma.

Editado por: Monyse Ravena
Tags: brasil de fatocriseentrevistajaime amorimmstpernambuco
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