O casal Luciana Douto Marques, desempregada, e Vigilato Benedito Marques, motorista de carretas, vivem na comunidade Vila Maria Uberlândia, em Curitiba, em local conhecido como “bolsão Formosa”.
No sábado, dia 23, eles viram parte da lateral da casa ruir e se transformar em terra, devido à proximidade a um dos afluentes do rio Formosa.
O impacto é recente. O problema, muito antigo. Moradores da rua Waldomiro Ziliotto, número 90, desde o ano de 1997, o casal já ouviu várias promessas de regularização fundiária e, no caso deles, morando perto de mata ciliar, de realocação para outra área.
Mas 23 anos se passaram. E agora novamente o casal espera uma resposta do município. “Queria ficar aqui. Eu estou desempregada e nossa filha esta grávida. Temos uma peça (quarto na parte de fora) e estamos com medo por causa do berço”, afirma Luciana, contando também que a família deu entrada, porém ainda não recebeu o renda emergencial do governo federal para autônomos e pessoas em situação de desemprego.
As lideranças criticam a morosidade da prefeitura para a resolução de problemas locais. "Se fosse para o (Rafael) Greca vir aqui, a regional da prefeitura viria inteira", critica Ivan Karlos, morador da Ferrovila e presidente da associação de moradores local.
Claudete da Silva, presidenta da associação de moradores da Vila Leão, afirma que as associações, que começam a articular um espaço chamado “União de Moradores”, devem se unir pela regularização fundiária da região no próximo período.
Fabrício Rodrigues, presidente da associação de moradores Vila Maria e Uberlândia, reportou o caso do desmoronamento à prefeitura e aguarda uma resposta oficial. "