Funcionárias e estudantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizaram um grupo com representantes da Saúde da Família de Manguinhos e outros coletivos de Manguinhos, como o Minas da Bola, para desenvolver o projeto "Solidariedade em Manguinhos". O grupo de voluntárias, que hoje somam 35 pessoas, ganhou mais força com a pandemia da covid-19 e está distribuindo cerca de 200 cestas básicas e kits de higiene pessoal a cada 15 dias na região, que fica na Zona Norte do Rio Janeiro.
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“O momento é de calamidade. As favelas, moradias de mulheres negras e homens negros, são os espaços mais vulneráveis. A população que vive suportando todo tipo de violação de direitos, sem saneamento básico, enchentes, falta d'água, agora está desempregada e sem poder sair de casa para buscar o sustento”, conta Eliene Vieira, moradora-colaboradora e militante do Mães de Manguinhos.
Desde que começaram o trabalho, no dia 20 de março, o grupo já conseguiu distribuir mais de nove toneladas de alimentos, 660 kits e mais de 100 máscaras. Mulheres chefes de família com crianças pequenas têm prioridade na distribuição. A iniciativa só é possível graças às doações arrecadadas pela plataforma Kickante, Gofundme e por depósito na conta corrente. Até agora, a campanha recebeu R$ 100 mil.
“Nosso objetivo é arrecadar, aproximadamente, R$ 140 mil, para mantermos nossa ação por mais meses, melhorando a qualidade da alimentação daqueles que sofrem os impactos do distanciamento social, sem trabalho e renda”, diz uma das coordenadoras da ação.
Até agora, o fundo de doações da Fiocruz doou 20 mil cestas básicas e kits de limpeza, o que permitiu a "Solidariedade em Manguinhos" comprar outros tipos de alimentos, como frutas e legumes.
Os voluntários também disponibilizaram um endereço para prestação de contas e informações sobre a campanha e sobre doações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 98013-7600 (falar com Jussara Angelo).
