Rio de Janeiro

SAÚDE

Com escândalos de corrupção e atrasos, hospitais de campanha têm nova gestão no RJ

Dos sete hospitais de campanha programados pelo governo do Rio, apenas um está funcionando no Maracanã, na capital

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Os hospitais que ainda não foram entregues garantem, juntos, mais de 1,3 mil leitos para atendimento - Foto: divulgação

Dos sete hospitais de campanha do estado do Rio de Janeiro encomendados para o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para atender pacientes com a covid-19, apenas um está funcionando. 

Na última sexta-feira (29), uma reunião entre a Secretaria de Estado e Saúde (SES) e representantes da Organização Social (OS) decidiu que a empresa ficará responsável apenas pela gestão da unidade já pronta do Maracanã, que possui 400 leitos, sendo 160 de unidade de terapia intensiva (UTI). Os outros hospitais que não foram entregues ficarão a cargo de um consórcio de empresários indicados por representantes da Federação Brasileira dos Hospitais (FBH) e da Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ).

::Falta de precisão nos dados dificulta controle da pandemia no Rio, aponta médico::

Os hospitais de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu e São Gonçalo seguem sem funcionar. Na sexta-feira (29), uma reportagem do RJTV, da TV Globo, mostrou que a unidade de São Gonçalo, recém-inaugurada, estava sem profissionais de saúde para realizar atendimento e não possuía respiradores disponíveis para os 80 leitos de UTI, apenas para 10. 

Ao Brasil de Fato, a Secretaria de Saúde informou que com as mudanças contratuais, as obras passaram a ficar sob a supervisão da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Estado, que vai acompanhar a conclusão dos seis hospitais restantes. As obras permanecem sob responsabilidade da Organização Social Iabas. 

::Capital e Baixada Fluminense concentram quase metade dos recursos de saúde do RJ::

Hoje, uma reunião com a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) estava prevista para orientar os termos do acordo de transição para garantir a continuidade das obras e a aquisição de insumos e medicamentos. Os hospitais que ainda não foram entregues podem garantir juntos mais de 1,3 mil leitos para atendimento da população.

Edição: Jaqueline Deister