Minas Gerais

Curso

O que a história nos diz sobre jornalismo e feminismo

Encontro no dia 10 de junho tem o objetivo de refletir sobre a relação entre movimento de mulheres e imprensa brasileira

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Além do machismo vivido na profissão, mulheres jornalistas ainda convivem com a reprodução de estereótipos - Reprodução

Seguindo o compromisso de contribuir com o debate sobre temas atuais, o jornal Brasil de Fato MG oferece mais um curso de formação aberto ao público. O tema da vez é jornalismo e feminismo. O encontro virtual será realizado no dia 10 de junho, das 14h às 17h, e as inscrições custam R$ 20.

Com o nome “O que a história nos diz sobre jornalismo e feminismo”, o conteúdo, que será ministrado por mulheres da equipe do jornal, tem como objetivo provocar uma reflexão coletiva sobre a relação entre o movimento de mulheres ao longo da história e a imprensa brasileira.

“Entender a história nos ajuda a pensar os desafios atuais, tanto do ponto de vista dos direitos das mulheres quanto do próprio fazer do jornalismo. E neste momento em que vivemos, de neofascismo, é urgente pensarmos em como avançar na construção e na divulgação de um feminismo comprometido com a democracia”, afirma Larissa Costa, repórter do Brasil de Fato MG.

Contexto

No cenário de avanço do neofascismo no Brasil, Jair Bolsonaro tem protagonizado cenas de violência contra profissionais da comunicação. Segundo relatório da Federação Nacional dos Jornalistas, até maio deste ano foram registradas 179 agressões realizadas pelo presidente. Entre elas, o ataque misógino com insinuação sexual à jornalista da Patrícia Campos Mello.

Além do machismo vivido na profissão – dados da Fenaj apontam que ao menos 78,5% das jornalistas já enfrentaram algum tipo de atitude machista durante entrevistas – as mulheres ainda convivem com a reprodução de estereótipos e naturalização da violência pela mídia empresarial.

“Apesar de alguns avanços, ainda há um incômodo geral sobre como os meios de comunicação, da mídia comercial, apresentam as mulheres. Ainda prevalece aquela ideia antiga de sexualização do corpo, da construção de padrões beleza, da invisibilização da diversidade das mulheres. Há um projeto nisso tudo, de manutenção das desigualdades não só entre os gêneros, mas também social e racial”, afirma Larissa.

Outros cursos

Entre outros cursos de formação o jornal Brasil de Fato MG já ofereceu o “Ideias de categoria”, curso sobre comunicação e sindicalismo, e “Jornalismo em conflitos socioambientais – estratégias de cobertura”.

Curso: O que a história nos diz sobre jornalismo e feminismo

Ementa: Qual a relação entre mulheres e imprensa no Brasil? A proposta deste curso é conversar sobre jornalismo feminino e jornalismo feminista, e história da imprensa produzida por mulheres nos períodos da primeira e da segunda ondas do movimento feminista, assim como as pautas e reivindicações de cada momento. Serão abordados conceitos como feminismo, patriarcado, gênero e divisão sexual do trabalho. E hoje, onde estão as mulheres no jornalismo? Com o avanço das redes sociais, o feminismo ganhou destaque, mas a mídia empresarial ainda é machista e conservadora. O curso também se propõe a refletir sobre os desafios do jornalismo brasileiro contemporâneo frente aos avanços e retrocessos de direitos das mulheres.

Inscrições: custam R$ 20 e podem ser realizadas até 9 de junho, aqui.

Edição: Elis Almeida