Rio Grande do Sul

NÚMEROS DA PANDEMIA

Covid-19 já fez 323 vítimas no RS e infectou mais de 14 mil pessoas

Em todo o Brasil, são mais de 800 mil casos de covid-19 e quase 41 mil mortes

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Mapa mostra casos confirmados por regiões; doença já é registrada em 340 municípios - Divulgação SES

O Rio Grande do Sul tem 323 óbitos em decorrência do novo coronavírus, conforme boletim divulgado na tarde desta quinta-feira (11) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Nas últimas 24 horas, foram confirmadas 7 mortes. As novas vítimas são dos municípios de:

Porto Alegre (homem, 49 anos), Porto Alegre (mulher, 55 anos), Porto Alegre (homem, 80 anos), Santa Maria (homem, 76 anos), São Leopoldo (mulher, 87 anos), Viadutos (homem, 83 anos) e Jaguari (homem, 64 anos).

Ainda segundo dados da SES, foram registrados 552 novos casos da covid-19, elevando o número de infectados confirmados para 14.168 no estado. Desses, 11.564 são considerados recuperados (82%), enquanto 2.273 estão com a doença ativa (16%). O novo coronavírus segue se alastrando pelo território gaúcho, já alcançando 340 dos 497 municípios (68% das cidades).

A taxa de ocupação dos leitos UTI em geral no estado - dados que considera as redes pública e privada - está em 69,3%. Das 20 regiões covid monitoradas pelo governo, três estão em alerta: a região de Novo Hamburgo está com 70 dos 77 leitos ocupados (taxa de ocupação de 90,9%); a de Passo Fundo, com 106 dos 127 leitos ocupados (taxa de ocupação de 83,5%); e a de Caxias do Sul, com 158 dos 193 leitos ocupados (taxa de ocupação de 81,9%).

Na capital, a taxa de ocupação das UTIs está em 78,92%. Com a alta nas internações por covid-19, que na semana passada eram 46 pacientes e nesta sexta-feira é de 66, além de 28 casos suspeitos, o prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB) decidiu não fazer a nova rodada de flexibilizações de restrições a setores econômicos que estava prevista para esta semana.

Governa muda indicadores do distanciamento controlado

Após manifestações de diversos setores da sociedade chamando a atenção para problemas no modelo de distanciamento controlado adotado pelo governo para lidar com a pandemia, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou mudanças nos critérios, nesta quinta-feira (11). Segundo ele, neste sábado já devem mudar as margens de avanço dos indicadores observados pelo modelo para mudança de bandeiras, o que torna mais fácil regiões alcançarem bandeiras vermelha e preta (os dois níveis mais graves). Por outro lado, facilita redução da bandeira laranja para amarela (o menor nível) em regiões com a situação mais controlada.

:: Confira as mudanças nos indicadores do distanciamento controlado ::

Brasil supera 800 mil casos de covid-19 e quase 41 mil pessoas já morreram

Em todo o Brasil, foram registradas 40.919 mortes por causa da covid-19 até esta quinta-feira (11). Em um dia, foram 1.240 confirmações. Pela terceira vez consecutiva nesta semana, os registros de óbitos ficaram acima de mil em 24 horas. Os números foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretárias de Saúde (Conass).

Ainda de acordo com os dados do Conass, 802.828 brasileiros já foram infectados pela doença. Como o número de testes realizados no país ainda é insuficiente, até mesmo o Ministério da Saúde já admitiu que a realidade pode ser ainda mais crítica.

Um dos indícios de subnotificação é o crescimento cada vez mais acelerado de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo os registros dos cartórios brasileiros, foram contabilizados mais de 8 mil casos desde 16 de março. No mesmo período do ano passado, o número era de 384.

Sem sinais de que a velocidade de transmissão vá diminuir, o país está cada vez mais próximo do Reino Unido, segunda nação do mundo em números totais de mortes. Por lá, no entanto, os casos fatais crescem em um ritmo bem menos acelerado, após adoção de medidas de isolamento. Entre quarta (10) e quinta-feira (11), foram pouco mais de 100. Atualmente o Brasil é o terceiro na lista dos que mais contabilizam mortes e o segundo em números de casos totais, atrás apenas dos Estados Unidos.


Evolução semanal da pandemia no Brasil / Arte: Fernando Bertolo

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS) a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19. 

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].

Edição: Marcelo Ferreira