Não é hora

Uerj apresenta relatório contrário ao relaxamento do distanciamento social no RJ

Universidade alertou para risco de aumento do número de óbitos e casos com afrouxamento precoce da quarentena

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No dia 17 a capital iniciou a fase dois de reabertura dos comércio; plano prevê seis estágios até volta à normalidade - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) se manifestou contrária às medidas de relaxamento do distanciamento social determinadas pelo governos estadual e municipal. A Uerj aponta que a letalidade por covid-19 no estado do Rio é a mais elevada do país, e alerta para o risco de aumento do número de óbitos e de casos da doença com um relaxamento precoce e descoordenado das atividades.

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No relatório apresentado ao Ministério Público fluminense esta semana, a Comissão de Acompanhamento sobre o Coronavírus da instituição recomenda que o atual decreto estadual seja revogado e novas diretrizes sejam estabelecidas, com base em estudos científicos e ações coordenadas. 

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O relatório destaca, por exemplo, a enorme dificuldade de se manter o necessário distanciamento entre as pessoas que necessitam do transporte coletivo, situação evidenciada logo após a reabertura inicial das atividades, e o afastamento crescente dos profissionais de saúde vitimados pela covid-19, com impacto importante na carência desses profissionais.

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O documento propõe a criação de um comitê com especialistas e técnicos indicados pelas universidades e instituições de pesquisa fluminenses para, com base nos dados disponíveis sobre a pandemia no estado, elaborar normas técnicas aplicáveis a um “novo normal”.

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E sugere também "o estabelecimento imediato de mecanismos de coordenação, integração e articulação" entre os diversos entes públicos, especialmente Estado e Municípios, para definir as políticas públicas de combate à crise e gestão eficiente dos recursos assistenciais.