Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Resistência

Canudos: Instituto preserva memória de uma história brasileira de resistência

Entidade guarda acervo histórico e reconta uma luta que continua atual

25.jun.2020 às 08h15
Salvador (BA)
Danielle Da Gama

A proposta do IPCM é contar a história de Canudos por outra perspectiva. - IPCM

No último dia 13 comemorou-se 127 anos da fundação do arraial de Canudos. Em 1893, às margens do rio Vaza-Barris, no norte da Bahia, iniciou-se a construção da vila que se tornaria um dos mais importantes focos de resistência popular contra a opressão do Estado e dos coronéis. Nomeada mais tarde pelo seu líder, Antônio Conselheiro, como Arraial de Belo Monte, ela foi destruída pelas forças do governo em 1897, tendo sua história, por muito tempo, sido contada pelas mesmas elites que produziram o massacre.

Na vila, que chegou a ter cerca de 20 mil habitantes, o modo coletivo de produção atraía famílias que buscavam melhores condições de vida, longe dos latifúndios. O crescimento do arraial acabou por despertar o medo dos donos de terras e do Estado que, considerando a comunidade uma ameaça à ordem, enviou grande contingente do exército para destruí-la.

Após quase um ano de resistência em uma luta desigual, os poucos sobreviventes se renderam e o arraial foi incendiado. Mais tarde, a região foi inundada para a construção de um açude e seus habitantes forçados a se retirar, reconstruindo a cidade em outro lugar.

Memória popular

Apesar disso, Canudos vem conseguindo resgatar sua memória através, principalmente, de ações e movimentos populares. Entre elas está a fundação, em 1993, do Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC). Vanderlei Leite, atual presidente do Instituto, conta que a ideia de sua criação surgiu entre vários representantes da comunidade e movimentos sociais durante os preparativos para a romaria que celebrava os 100 anos da fundação do arraial: “As pessoas discutiram a necessidade de criar uma instituição para documentar e atualizar a história do Arraial de Belo Monte”. O instituto é uma organização não-governamental, que se mantém com pequenas doações dos sócios e serviço voluntário e é hoje uma referência no tema.

“Vinham vários pesquisadores, professores, fotógrafos, conhecer Canudos, conhecer a história, e não tinha esse espaço de apoio, com obras literárias,  um acervo histórico”, explica Leite. A entidade conta com uma capela que guarda o cruzeiro erguido por Antônio Conselheiro assim que chegou ao arraial de Belo Monte, uma biblioteca para consulta e visitação, e exposição com peças do período da guerra.

A proposta é contar a história por outra perspectiva. Nas palavras de Leite, trata-se de contar “a história de Canudos a partir da reflexão, da visão mais local, inclusive com descendentes de sobreviventes da guerra. São as várias pessoas que existem aqui na região que continuam nos atualizando com a verdadeira história de Canudos”. Elas, que segundo Leitei podem “relatar de forma natural a história da comunidade de Belo Monte”, são consideradas prioridade nessa reconstrução.

No sertão e nas redes

O IPMC, conta Leite, tem realizado diversas ações que contribuem para a divulgação da memória de Canudos, entre elas seminários em universidades, escolas e eventos, além de publicações impressas. “A gente tem como experiência a publicação de um almanaque anual que retrata de forma popular a vivência das comunidades tradicionais e a vivência da comunidade de Belo Monte”, afirma. O instituto também é correalizador da romaria anual de Canudos.

Pessoas de diversas regiões do país e do mundo já visitaram o local guiadas pelos membros do Instituto./IPCM

 

Fazem parte de seu corpo de membros, professores e guias turísticos, que atendem visitantes de outras regiões do país e do mundo. Leitei informa, ainda que “estamos nos organizando para utilizar as redes sociais como ferramenta de divulgação dos nossos trabalhos”. Nestes espaços é possível envolver mais pessoas, de outros lugares e experiências, nas vivências e lutas das comunidades tradicionais. O IPMC pode ser visitado no Facebook e Instagram.

O exemplo da vila de Antônio Conselheiro resiste nas memórias vivas de seus habitantes e também em lutas atuais. “As frentes de resistência que acontecem hoje têm um pouco de Canudos presente”, nota Leite.

Em tempos em que o autoritarismo e a criminalização de movimentos populares voltam a ser constantes ameaças, é preciso, mais do que nunca, não esquecer seu exemplo e sua história.

Editado por: Elen Carvalho e Rodrigo Durao Coelho
Tags: sertão
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Emergência climática

Maio de 2025 é o segundo mais quente da história do planeta, aponta observatório Copernicus

segurança pública

Rio terá guarda armada e vereadores rejeitam maioria de emendas que poderiam reduzir danos

Trama golpista

Brincar com Moraes e chamar apoiadores de malucos ‘não bateu bem’ no eleitorado de Bolsonaro, avalia cientista política

Denúncias

Relatório do CNJ sobre crimes da Lava Jato completa um ano sem resposta da PGR

DESAFIOS

Servidores do Pará ameaçam greve geral, mas força política do barbalhismo freia mobilizações

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.