Paraná

OPINIÃO

Para onde caminha nossa educação?

Renato Feder, Secretário da Educação do Paraná foi apontado como possível nome para o MEC, o que não se confirmou

Curitiba | PR |
Renato Feder é empresário do ramo de eletrônicos, ex-secretário de educação do Paraná - Agência Estadual de Notícias/Divulgação

Renato Feder, Secretário da Educação do Paraná, foi indicado, mas não confirmado, para a pasta do MEC.
Que coisa boa não viria para assumir o Ministério da Educação, isso já era um fato. Mas Bolsonaro se supera ao flertar com o secretário, que até mesmo antes de Weintraub colocar em discussão o Programa Future-se, Feder no Paraná já anunciava a Lei Geral das Universidades, com o mesmo objetivo: ceifar a democracia interna das universidades, cumprindo com a agenda neoliberal que vê a educação como mais um nicho de mercado.
Apoiado por empresários bolsonaristas e sugerido pelo governador Ratinho Jr. (PSD) ao cargo, sem nem se manifestar publicamente, ele já anuncia de que lado da disputa pela educação está. Educação como lucro ou direito? Ele responde: lucro! LGU! Aulas remotas!

Com a pandemia à vista, sem qualquer diálogo ou consideração das condições materiais dos/as estudantes, as aulas remotas se tornam obrigatórias. Via ofício da SETI, anunciam o monitoramento das atividades e ameaçam a suspensão do contrato  de docentes temporários caso o calendário não seja retomado, reafirmando o descompromisso com a qualidade do ensino.
Na educação básica não é diferente! As atividades não presenciais, impostas sem diálogo com a comunidade, desconsideram as condições de acesso de comunidades tradicionais e do campo.
Tudo isso evidencia o descompromisso da secretaria com a educação, postura típica de quem tem como objetivo apenas os lucros dos empresários.
Resistir à nomeação do secretário para a pasta do MEC deve acompanhar a defesa inadiável à educação pública brasileira.

Educação não é mercadoria!

Edição: Lucas Botelho