É uma invasão de privacidade massiva
Em São Paulo (SP), licitação do sistema de câmeras com reconhecimento facial, no valor de mais de R$ 58 milhões, já está em andamento no Metrô. O sistema é criticado por entidades da sociedade civil e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Entidades como o IDEC, Intervozes e Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos prometem recorrer à Justiça para barrar a licitação, por entenderem que o sistema viola o direito à privacidade e pode ser discriminatório.
O coordenador executivo do Intervozes, Pedro Ekman, afirma que as consequências para a privacidade da população tendem a ser devastadoras com essa tecnologia, que segundo ele, onde foi implementada tem mostrado falhas e um viés discriminatório.
"A gente vê com muita preocupação essa implementação de tecnologia de reconhecimento facial no Metrô de São Paulo porque é uma intrusão, uma invasão de privacidade massiva pra população. O Metrô também não deve estar prestando atenção nos riscos ao instalar esse tipo de tecnologia que costuma reconhecer erroneamente pessoas, geralmente negras, incriminando-as de maneira equivocada. Várias empresas como Amazon e Microsoft estão deixando de fornecer essa tecnologia, dada a insegurança jurídica que elas têm diante da quantidade de indenização que pode ser pedida com esse tipo de conduta", diz Ekman.
O Brasil continua sem comando no Ministério da Educação. O Secretário de Estado da Educação do Paraná, Renato Feder, declinou o convite de Jair Bolsonaro para chefiar a pasta.
Renato Feder é o segundo nome apresentado por Bolsonaro para substituir Abraham Weintraub que deixou a pasta e o país no fim de junho, quando passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre atos contra a democracia.
Confira também no Jornal Brasil Atual, a situação em relação à demissão sem aviso prévio de cerca de 200 professores da Universidade Cruzeiro do Sul.
Ouça todos os destaques do jornal no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
