Vulcão inativo

Baixada Fluminense tem registro de tremor de terra de magnitude 2.1

Rede Sismográfica Brasileira afirmou que atividade não representa risco

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Imagem tremor
Registro de tremor ocorreu às 23h06 de domingo e foi sentido por moradores locais - Divulgação

A Rede Sismográfica Brasileira (RSB) registrou na noite do último domingo (12) um tremor de terra de magnitude 2.1 em Paracambi, na Baixada Fluminense. Segundo informações divulgadas pela RSB na tarde desta segunda-feira (13), a população local relatou que ouviu um estrondo seguido pelo tremor.

O tremor ocorreu às 23h06, foi registrado pelas estações da RSB e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) fez a localização precisa do evento, que ocorreu a 82 quilômetros da capital. Uma análise preliminar chegou a apontar Seropédica (RJ) como epicentro, mas os dados foram reavaliados e se percebeu que a percepção foi maior em Paracambi.

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Nas redes sociais, a RSB tranquilizou a população, informando que tremores desta magnitude são regulares "e como apresentam, em sua maioria, baixa magnitude muitos não chegam a ser sentidos pela população". Segundo a RSB, os tremores resultam das atividades das falhas que a placa tectônica sul-americana (onde o Brasil está) possui, e não do choque entre placas que provocam terremotos de alta magnitude.

O último evento registrado pela RSBR e pelo ObSis no estado do Rio de Janeiro ocorreu no dia 1º de março, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, e teve magnitude 2.0. 

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Na década de 1970, Victor Carvalho Klein e André Calixto Vieira, dois geólogos e pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) descobriram que o município de Nova Iguaçu, na Baixada, foi uma região de atividade vulcânica há aproximadamente 40 milhões de anos. Já em 1980, os pesquisadores publicaram um estudo comprovando a existência em Nova Iguaçu do único vulcão brasileiro inativo, precisamente no maciço do Mendanha.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda e Rodrigo Durão Coelho