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Início Bem viver Cultura

25 DE JULHO

Thays Carvalho:”A derrota do fascismo passa pela luta antirracista e anti patriarcal”

Programa Aqui pra Nós levanta a temática da luta das mulheres negras do Brasil

22.jul.2020 às 18h02
Recife (PE)
Vanessa Gonzaga

Mulheres negras protestam em frente a distrito policial em Minneapolis, onde George Floyd foi assassinado - Foto: Scot Olson/AFP

 

Na semana do Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, celebrado em 25 de Julho, a edição da terça (21) do Programa Aqui Pra Nós trouxe o tema "Mulheres Negras e Enfrentamento ao Racismo" com Thays Carvalho, advogada e dirigente nacional da Consulta Popular, para falar sobre a expressão do racismo nessa conjuntura de crise política, econômica, social e sanitária do Brasil. O programa Aqui pra Nós acontece toas as terças, a partir das 19:30h, no canal do YouTube do Brasil de Fato Pernambuco. Confira os principais pontos da conversa:

Herança escravocrata

A advogada relembra a história do país para entender atual situação das mulheres negras “A sociedade brasileira é marcada pelas centenas de anos em que vivemos num regime escravocrata combinado com o processo de consolidação do capitalismo, que utiliza essas formas de opressão, formando uma sociedade completamente autoritária”. Ela aponta que além da negação de direitos, o Estado também age criminalizando a população, que é o que se nota com o alto índice encarceramento. 

O Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (IFOPEN Mulheres) aponta que em Pernambuco, 81% das mulheres encarceradas são negras. “Se antes eram criminalizadas as práticas religiosas e culturais, hoje é guerra a drogas e a criminalização da pobreza e também sua feminização, porque são as mulheres negras que comandam e sustentam suas famílias e estão mais suscetíveis a essas ações do Estado. A violência não é um fato conjuntural, é estrutural e é uma forma de controle social da população”. 

Violência contra a mulher e racismo

Thays afirma que a Lei Maria da Penha é uma exceção quando se olha para o sistema penal brasileiro, mas pondera que ainda há obstáculos. Para a advogada, o patriacardo impacta no cumprimeiro da lei “as mulheres tem obstáculos para denunciar e ao denunciar sofre violência do próprio sistema penal, que também é racista e machista”. 

Ela aponta também que há uma naturalização do papel da mulher negra, que é vista ainda associada à figura da doméstica, sempre a serviço sob qualquer circunstância ou da sexualização dessas mulheres com o estereótipo da mulata, a mulher negra sensual “Se naturaliza tanto a violência sexual, quanto essa visão da mucama, sempre à disposição do patrão e que ela pode lidar com qualquer tipo de arbítrio. Isso dificulta mais ainda que essas violência sejam denunciadas e punidas” ressalta.

Racismo, machismo e pandemia

“A pandemia inicialmente incidiu sobre setores da classe burguesa, porque veio para o Brasil por pessoas que circulavam em outros países, mas se distribuiu e agora reproduz a desigualdade do país. As mortes estão distribuídas nas periferias, na população negra e nas pessoas que ocupam postos de trabalho precários” aponta. Sobre o trabalho doméstico, Thays afirma que até hoje a tarefa carrega características racistas “O trabalho doméstico no Brasil é a face escancarada da herança escravocrata. Na pandemia, mulheres vem sendo demitidas; as que ficam se mantém na condição de não retornar pra casa para não contaminar os patrões e com uma carga horária do trabalho ainda maior”. 

Ela relembra o caso do menino Miguel Otávio, filho da doméstica Mirtes de Souza, que morreu no local de trabalho da mãe “Em Pernambuco tivemos o caso escandaloso do Miguel. Ou você morre pelo vírus, ou morre de fome; porque ou você trabalha, ou você cuida dos filhos e uma trabalhadora perdeu seu filho por isso. O trabalho doméstico é uma herança do passado escravocrata e mostra bem qual o lugar destinado às mulheres negras do brasil”. 
 

Luta cotidiana

Com a perpetuação do passado escravocrata nas instituições, ela aponta que a luta contra o racismo necessita da construção de um outro projeto de sociedade “Isso que a gente pontua, de entender as raízes da desigualdade, nos ajuda entender que essas são determinações estruturais. Superar o racismo e o patriarcado está ligado a desenvolver um projeto que leve em conta as necessidades da classe trabalhadora com um projeto nacional que corrija essas desigualdades que são ao mesmo tempo herança e um produto da nossa sociedade” explica. 

Para ela, a luta contra o racismo, o patriarcado e o racismo é uma tarefa coletiva “é nesse lugar que devemos botar a luta, combinando a luta antipatricarcal e antirracista com a luta por um projeto popular para o Brasil. Nesse contexto de luta contra o fascismo, porque ele se apoia na ideologia racista, a derrota do fascismo passa pela luta antirracista e anti-patriarcal. O bolsonarismo identifica a esquerda, as mulheres, LGBT’s e negros como inimigos e é nesses setores que devemos construir a luta contra o fascismo” projeta.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: entrevistamulheres negraspernambucoracismo
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