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Direita

Com mais de um milhão de casos, governo indiano minimiza covid-19 no país

Poder público nega até mesmo transmissão comunitária; casos dispararam após fim da quarentena

23.jul.2020 às 13h07
São Paulo (SP)
Nara Lacerda

Centenas de trabalhadores vivem aglomerados entre os depósitos dos mercados de especiarias na Velha Delhi, coração da capital indiana - Praveen S. / Brasil de Fato

Terceiro país com o maior número absoluto de infectados pela covid-19 no mundo todo, a Índia deve alcançar dois milhões de casos em breve. Segundo informações da Universidade John Hopkins, que monitora a pandemia globalmente, a região registrava 1.193.078 cidadãos que contraíram o vírus até esta quarta-feira (22). Mas a situação não impede o primeiro ministro Narendra Modi de negar até mesmo a transmissão comunitária no país – um estágio mais avançado de contágio no qual não se consegue rastrear quem infectou quem – e propagandear o sucesso das medidas de combate ao vírus.

Relembre: Índia: Por que o número de infectados não para de subir mesmo com 70 dias de lockdown

Ainda em março, ele colocou em prática o que foi considerado em um primeiro momento o maior processo de quarentena da história da humanidade.

Mas uma análise um pouco mais aprofundada, no entanto, mostrou que o isolamento rígido, implementado da noite para o dia, foi mal planejado. As medidas causaram impactos sociais significativos e o deslocamento de milhares de pessoas das grandes cidades para o interior. Em um país com desigualdades históricas, a fórmula fracassou.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que quase 90% da população trabalha informalmente e precisaria de apoio financeiro substancial do poder público para se manter em quarentena. Não surpreendeu o isolamento cair por terra após alguns meses. As pressões para retomada da economia vieram até mesmo de movimentos sindicais de esquerda e de defesa dos trabalhadores.  

Leia também: Com pretexto de “salvar economia”, estado indiano suspende leis trabalhistas até 2023

Entre o fim de maio e o início de junho, a reabertura começou. A partir daí, a velocidade de contaminações passou a crescer de maneira alarmante. Mais de 60% dos casos foram registrados no último mês. No dia sete de julho tinha menos de 700 mil casos. Duas semanas depois, já batia na casa dos dois milhões.

Governo negacionista

A atuação inicial do governo foi considerada rígida e até mesmo violenta, com a polícia nas ruas para garantir o isolamento. Atualmente, no entanto, o poder público se esforça em minimizar o avanço da covid-19. Representantes do Ministério da Saúde têm feito sucessivas declarações de que não há transmissão comunitária significativa na região. O argumento tenta convencer a população de que é possível identificar a origem de todas as milhões de infecções registradas na Índia.

Saiba mais: Pandemia mostra que problemas de habitação na Índia são maiores do que se imaginava

Há pouco mais de 10 dias, o oficial de serviço especial do Ministério da Saúde indiano, Rajesh Bhushan respondeu à perguntas de jornalistas sobre o tema e afirmou que “o ministro da Saúde disse claramente que a Índia não alcançou o estado de transmissão comunitária. Em algumas áreas geográficas, houve surtos localizados”. 

Para embasar as afirmações, o governo usa uma lógica inexistente em todos os modelos matemáticos que analisam as transmissões no mundo. Afirma que menos de 50 distritos concentram 80% dos casos da covid no país, entre 733 regiões. No entanto, nesses locais estão algumas das maiores cidades do país – e do mundo -, como Delhi e Mumbai. 

O mistério da baixa letalidade

Apesar do crescimento expressivo de infectados, o número oficial de óbitos causados pelo coronavírus está abaixo de 29 mil na Índia. O país é o sétimo do mundo em números absolutos de mortes pela doença. A conta, no entanto, não bate nem mesmo com as taxas de letalidade da pandemia registradas globalmente.

Causa desconfiança entre especialistas a informação de que quase metade das mortes aconteceram entre pessoas com menos de 60 anos, quando em todos os outros países, o grupo dos idosos é considerado um dos mais suscetíveis ao agravamento da covid. O dado pode indicar que mortes de pessoas mais velhas estão sendo ignoradas. A questão é entender se isso ocorre propositalmente ou se a pobreza impede que essas pessoas procurem ajuda médica. 

Leia mais: Escassez de água afeta 600 milhões de indianos e dificulta prevenção ao coronavírus

Além disso, crescem as denúncias de subnotificação, principalmente por parte de profissionais da saúde e do setor funerário. Mortes causadas pelo coronavírus estariam sendo registradas como fruto de doenças pré-existentes, que também são fator de risco para a covid. Esses fatores ajudariam a explicar também por que o número de óbitos entre pessoas que não fazem parte dos grupos mais sensíveis parece ser maior no país. 

Em meio à crise, a ocultação de dados prevalece. O governo insiste na tese de que a resposta da Índia à pandemia tem trazido sucesso ao combate. Teorias sobre a funcionalidade da imunidade de rebanho, a resistência da população jovem e até mesmo condições genéticas que deixariam os indianos mais protegidos se espalham.

Leia também: Coronavírus expõe mazelas sociais da Índia: habitação, saneamento e informalidade

Todas elas parecem ignorar conscientemente os cerca de 194 milhões de pessoas que passam fome ou estão subnutridas no país, os mais de 600 milhões que sofrem escassez de água, os quase 90% que moram em casas de um cômodo e a população de rua, que oficialmente é superior à 2 milhões de pessoas.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: covidíndia
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