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SOBERANIA

Extinção da Ceitec pelo governo Bolsonaro será mais cara do que mantê-la funcionando

Trabalhadores se reúnem com secretário especial de desestatização do governo nesta semana para defender a estatal

27.jul.2020 às 12h26
Porto Alegre (RS)
Redação

A Ceitec, criada em 2008 e sediada em Porto Alegre, é a única empresa no Brasil que atua na produção de circuitos integrados - Divulgação

A extinção da Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), estatal brasileira e única empresa da América Latina que atua na fabricação de chips e semicondutores, custará mais caro do que mantê-la funcionando. O alerta é feito pelos trabalhadores da empresa, que se reúnem nesta quarta-feira (29) com o secretário especial de desestatização do governo federal, José Salim Mattar, para tratar do tema, a partir de uma articulação do senador Paulo Paim (PT-RS).

Saiba mais: Bolsonaro quer acabar com única empresa que pode fabricar chips na América Latina

Conforme o engenheiro Júlio Leão, que é o porta-voz da associação dos funcionários (ACCeitec), “se a Ceitec fechar, precisará de R$ 300 milhões para descomissionar os equipamentos. É um parque com muitos químicos e gases tóxicos. É necessário uma licitação internacional para selecionar uma empresa estrangeira, licenciada para isso, vir desconectar”.

A recomendação pela extinção foi formalizada pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), sob a alegação de que, apesar de aportes de R$ 800 milhões em duas décadas, a estatal ainda depende de injeções anuais de pelo menos R$ 50 milhões para cobrir a diferença entre receitas e despesas.

Números do próprio PPI projetam, no entanto, que essa diferença deixa de existir até 2028, mesmo no cenário mais pessimista. E essa trajetória pode ser acelerada para um balanço no azul na metade do tempo estimado, a julgar pelo plano dos empregados, que envolve cortes de custos e perspectivas comerciais já em curso.

Leia também: Trabalhadores da empresa estatal de tecnologia se mobilizam contra extinção

“O faturamento tem aumentado a cada ano. Temos um plano de gestão para em quatro anos chegar no zero a zero. Quer dizer, em quatro anos o governo não vai precisar investir nada”, afirma Júlio.

Por que manter a empresa?

Trabalhadores tem realizado protestos contra extinção da Ceitec / Marcus Perez/CUT

Os empregados da Ceitec acreditam que há motivos financeiros concretos para convencer o comissário de privatizações, com base na curva de faturamento e inputs até aqui não considerados pelo governo.

Temos clientes comerciais alinhados e podemos começar ainda em 2021, com capacidade reduzida, e em 2022 com plena capacidade.

A empresa já está no mercado de chips de logística. Tem a patente que lhe garante o fornecimento global de chips RFID para os pneus da Pirelli. Tem acordo comercial para fornecer sensores de saúde, em nova linha que pode ser expandida para o setor agrícola.

“Inventamos um processo de fabricação inédito de sensores e estamos depositando patentes. Já temos protótipos homologados. Temos clientes comerciais alinhados e podemos começar ainda em 2021, com capacidade reduzida, e em 2022 com plena capacidade. E a partir desse caminho na área médica, abre-se um similar na agricultura, pelo desenvolvimento de sensores nessa área”, disse o representante da associação.

Brasil está atrasado em tecnologia

“Na competição pela tecnologia, já estamos atrasados. Agora querem nos tirar de vez dessa corrida”, afirmou o funcionário da Ceitec e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, Edvaldo Muniz. Ele destaca que os Estados Unidos demonstram que querem mais fábricas de circuitos integrados e cogitam até mesmo a criação de uma empresa estatal para isso, além de terem anunciado um auxílio bilionário do governo às indústrias de semicondutores para superar a crise. “Eles entendem a importância de manter o domínio da tecnologia e também de não ficarem dependentes do mercado chinês”, explica.

Somos hoje dependentes de semicondutores importados. Não participamos do lucro desse mercado multibilionário.

Os circuitos integrados estão nos celulares e computadores, em sistemas de comunicação e internet, equipamentos militares e médicos, veículos, cartões de banco e rastreamento de mercadorias, aponta Edvaldo, ressaltando a importância da indústria de semicondutores para o desenvolvimento, a competitividade e a soberania de qualquer país atualmente. “O Brasil é um dos poucos países, entre as maiores economias, que não dominam completamente a tecnologia de produção de circuitos integrados. Somos hoje dependentes de semicondutores importados. Não participamos do lucro desse mercado multibilionário”, destaca.

“No entanto, em vez de investir mais nesse setor, o Brasil quer investir menos. O governo federal quer liquidar a Ceitec, a única empresa no Brasil que atua no projeto e na produção de circuitos integrados”, frisa. Para os trabalhadores da Ceitec, a extinção da empresa é a escolha pelo atraso tecnológico. “Por que escolhemos ir na contramão dos outros países, e acabar com a semente de uma indústria de alta tecnologia, que só vai trazer benefícios para a sociedade e para o Brasil?”, questiona o dirigente.

Editado por: Marcelo Ferreira e Rodrigo Chagas
Tags: bolsonaroprivatizaçaorio grande do sultecnologia

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