Economia

Famílias mais ricas do mundo aumentaram suas fortunas durante a pandemia

Segundo um ranking da Bloomberg, Walmart, Aldi e Samsung estão entre as empresas que expandiram os lucros no período

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Lee Yoon-hyung é neto do criador da Samsung, Lee Byung-chul - AFP

As famílias mais ricas do mundo ficaram ainda mais ricas durante a pandemia de covid-19, de acordo com um ranking da Bloomberg, publicado no dia 1º de agosto deste ano. Walmart, Hermes, Reliance Industries, Fidelity Investments, Aldi, Thomson Reuters, Roche, Auchan, SC Johnson, Tetra Laval, Advance Publications, Ferrero e Samsung estão entre as empresas que aumentaram a fortuna dessas famílias no período. 

As informações convergem com o relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe”, da Oxfam Brasil, divulgado no dia 27 de junho. Segundo esta pesquisa, 42 bilionários do Brasil aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões no período, o equivalente a aproximadamente R$ 177 bilhões. 

Na América Latina e no Caribe, foram 73 bilionários que expandiram as suas fortunas em US$ 48,2 bilhões, ou seja, aproximadamente R$ 251,3 bilhões, entre março e junho de 2020. Segundo o relatório, o valor equivale a 38% dos recursos orçamentados em políticas de estímulo econômico adotadas por todos os países da região.

Ao mesmo tempo, no Brasil, a taxa de desocupação aumentou em 1,2% entre março e maio de 2020 em relação ao conjunto trimestral de meses anteriores, ou seja, de dezembro de 2019 a fevereiro deste ano.

Isso significa que o desemprego atingiu o índice de 12,9% da população economicamente ativa, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 30 de junho. Já segundo a Oxfam, na América Latina e Caribe, estima-se que, em 2020, cerca de 40 milhões de pessoas perderão seus empregos e 52 milhões entrarão na faixa de pobreza.

Edição: Rodrigo Chagas