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Início Política

Saúde

Especialistas rebatem Maia sobre mudanças no SUS: não há solução sem investimento

“Não teremos soluções milagrosas sem gastar dinheiro com isso”, afirma especialista do Cebes

12.ago.2020 às 16h55
Fortaleza (CE)
Cristiane Sampaio

Para Maia, SUS precisa de projeto de lei para promover alterações na gestão do sistema - Marcelo Camargo /Agência Brasil

Em meio aos debates que circundam a crise sanitária relacionada ao coronavírus, entidades e parlamentares ligados à área da saúde rechaçam a ideia defendida por políticos liberais de promover alterações no modelo de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para eles, antes de tudo, é preciso financiar o sistema de forma adequada.

Em entrevistas recentes sobre o assunto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) informou, sem dar detalhes, que um grupo de deputados trabalha em um projeto de lei para propor mudanças no SUS. 

O discurso entoado por Maia é de que os problemas do sistema estariam mais relacionados à falta de adequação a necessidades contemporâneas e à carência de interatividade entre os diferentes níveis de atuação do que à baixa nos recursos.

Não podemos achar que teremos soluções milagrosas sem gastar dinheiro com isso.

Para o especialista Rubens Bias, do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), os apontamentos de Maia a respeito da necessidade de maior integração e modernização do sistema já estariam incorporados à lógica de funcionamento do SUS, para o qual seria necessário um maior aporte de verbas.

“Tanto é assim que, no momento em que o governo federal decidiu parar de informar o número de casos de coronavírus, no dia seguinte, a gente já tinha a informação de qualidade fornecida por estados e municípios. Então, o sistema é integrado, ele chega até a ponta. E a transparência da informação, a integração dos dados e a incorporação de tecnologias são sempre algo positivo, desde que tenham como referência o fortalecimento do sistema público. Agora, não podemos achar que teremos soluções milagrosas sem gastar dinheiro com isso”, observa o integrante do Cebes.

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) considera a tese de Maia "absurda". “Certamente o SUS tem, por habitante/ano, menos do que esses empresários gastam com seus planos de saúde por mês, sendo que o SUS garante vacina, vigilância, educação em saúde, barreira sanitária, até o transplante, nada disso garantido pelos planos de saúde. Onde está a modernização e a eficiência?”, questiona Padilha, que é membro da comissão externa da Câmara que acompanha o enfrentamento à pandemia.

Teto dos Gastos

O parlamentar é um dos defensores da tese de que o Teto de Gastos, aprovado na gestão Temer (2016-2018) e endossado pela agenda do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa ser revisto. A campanha ganhou fôlego diante da crise sanitária provocada pela pandemia.

Ao estabelecer limites para os investimentos públicos, a política vem ajudando a asfixiar o caixa do SUS, que, em 2019, por exemplo, perdeu um total de R$ 20 bilhões, segundo dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Para 2021, o orçamento deve cair em R$ 35 bilhões em relação às verbas deste ano, segundo aponta a Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento do CNS, de acordo com as orientações do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) da União para o período. A proposta está em tramitação no Congresso. 

O Brasil figura na 37ª posição no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mede os gastos por pessoa na área de saúde. A lista inclui os 38 membros do organismo e mais seis países. Em 2018, por exemplo, foram gastos cerca de R$ 5,2 mil per capita, o equivalente a US$ 1.282 pelos cálculos da época, somando recursos públicos e privados.  

As pessoas começaram a se dar conta da importância do SUS.

Para o CNS, a ampliação dos investimentos seria o ponto de partida para a promoção de melhorias efetivas no atendimento ofertado pela rede pública.

“O SUS poderia estar muito mais fortalecido se essa PEC não tivesse sido aprovada. A gente já perdeu, ao todo, mais de R$ 22,5 bilhões. E o que continua acontecendo? Continua havendo a fragilização do que é público. Nossa avaliação é de que eles vêm numa contraofensiva”, considera o presidente do conselho, Fernando Pigatto, ao mencionar a ideia do PL encampado por Maia.

É curioso que a gente tenha uma proposta criada por alguém que nunca defendeu o SUS.

“Percebendo que, no Congresso Nacional, existe um forte movimento de fortalecimento do SUS, inclusive por conta do que o sistema fez agora na pandemia – mesmo a gente tendo um governo que não assumiu o seu papel e é negacionista, ou seja, que joga as pessoas pra não seguirem as orientações das autoridades de saúde –, as pessoas começaram a se dar conta da importância do SUS e perceberam que, se ele fosse fortalecido, ficaria ainda melhor. Criou-se um clima de que é possível, sim, a revogação do Teto de Gastos”, afirma Pigatto, ao atribuir a articulação pelo PL a uma espécie de efeito refratário e contrário ao movimento de defesa do SUS.

Sombra privatista

O conselho, assim como outras entidades que acompanham o tema, vê com desconfiança o PL porque, entre outras coisas, o debate tem a sombra da iniciativa privada, materializada pela presença dos planos de saúde. O segmento tende a se tornar mais atraente à medida que o serviço da rede pública sofre asfixia orçamentária e estrutural.

“É curioso que a gente tenha uma proposta criada por alguém que nunca defendeu o SUS, sempre defendeu o seu enfraquecimento e a sua substituição por outro modelo, e sem ouvir as pessoas que estão trabalhando no SUS, pensando o sistema, seus problemas e suas soluções. Precisamos ter clareza de que a missão do SUS é salvar vidas e também de que os empresários não vão fazer esse papel. Eles vão buscar o lucro”, compara Rubens Bias.

Editado por: Rodrigo Chagas
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