Água Mineral

Privatização do Parque Nacional de Brasília é autorizada por Bolsonaro em decreto

A administração do parque é feita pelo ICMBio e todos os setores serão concedios à iniciativa privada

Brasília |

Ouça o áudio:

O Parque Nacional de Brasília recebe 250 mil visitantes por dia e é um importante ponto turístico da capital - Instituto Chico Mendes

O Parque Nacional de Brasília, importante área de preservação do cerrado localizada capital federal, será destinado à iniciativa privada como parte do projeto de privatizações do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente autorizou o início do processo por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (10).

Continua após publicidade

Atualmente, a administração do parque, conhecido popularmente como Água Mineral, é feita pelo Instituto Chico Mendes,o ICMBio, que tem como presidente o coronel Homero Cerqueira. A concessão do parque para a inciativa privada compreende a gestão e proteção das unidades, conservação do parque e os serviços públicos de apoio à visitação.

Apesar do ministério alegar concessões que beneficiarão os visitantes do parque, a diretora  da Associação dos Amigos do Parque Nacional de Brasília, Júlia Lara, aponta para o risco da privatização de uma área tão importante para a população brasiliense e pede transparência neste processo.

“Eles estão dizendo que vão conceder e privatizar todo o parque. Isso é absolutamente inaceitável, porque o parque é o pulmão de Brasília e não podemos permitir que isso seja para dar lucro. O lucro que ele dá é a qualidade de vida para a população. Estamos acompanhando  muito preocupados, porque não temos muita informação, mas pretendemos mobilizar toda a sociedade civil brasiliense e brasileira contra esse processo de privatização", afirma.

 

A reportagem tentou contato com o ICMBio, mas não obteve retorno até o momento. Um servidor do instituto que preferiu não se identificar, alegou que o projeto não se trata de privatização e sim de concessões de todos os setores do parque e afirmou que mesmo entregando à iniciativa privada,os serviços oferecidos serão melhores, mas custarão mais caro para o acesso da população.

Edição: Leandro Melito