Paraná

MOVIMENTO

Parada LGBTI de Apucarana traz democracia como tema

Evento acontece no próximo domingo (16), a partir das 16h, em transmissão “on-line”

Curitiba (PR) |
Parada ocorre neste domingo (13) nas redes sociais - DIvulgação

“Já que não podemos sair fisicamente, a gente tem que ocupar os espaços virtualmente”. A fala é de Renata Borges, uma das organizadoras da Parada LGBTI de Apucarana. Para seguir as orientações de prevenção ao coronavírus e evitar aglomerações, este ano a parada será realizada em formato “on-line”, no domingo (16). 

Com o tema “democracia”, a Parada LGBTI de Apucarana pretende levantar o debate sobre as diferentes formas de opressão que atravessam a comunidade de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais e interssexo (LGBTI). A programação envolve apresentações culturais e debates sobre pautas LGBTI em discussão no Superior Tribunal Federal, democracia e empregabilidade. 

“Quando a gente fala de democracia, de que todos são iguais perante a lei, isso não se estende a nós [LGBTI]. E quando a gente faz esses eventos para debater, as pessoas falam que é ‘mimimi’. Mas não é, a gente está falando de corpos excluídos do processo democrático. Ainda por cima, esse corpo pode sofrer muito mais se for um corpo negro, periférico. A gente tem o problema da LGBTfobia estrutural aliada ao racismo estrutural”, explica Renata. 

Segundo a organizadora, um dos maiores desafios em produzir um evento “on-line” é conseguir “romper a bolha” e falar para pessoas que não têm intimidade com os debates da comunidade LGBTI. Por isso, uma das estratégias foi convidar para a programação pessoas de fora da comunidade, como, por exemplo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR), Marcio Killer, e o deputado estadual Arilson Chiorato (PT). 

O evento vai ser transmitido pela página de Facebook “Parada LGBTI Apucarana”, das 16h às 20h. 

Edição: Gabriel Carriconde