Rachadinha

Ministro do STJ determina que Fabrício Queiroz volte para prisão

Decisão de Felix Fischer interrompe prisão domiciliar do operador das "rachadinhas" dos Bolsonaro e de sua esposa

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Defesa de Queiroz alegou que, em razão de um câncer de cólon, deixá-lo preso seria um risco em meio à pandemia de coronavírus; Situação é a mesma para centenas de outros presos no país - Foto: Nelson Almeida/AFP

Em decisão divulgada na noite desta quinta-feira (13), o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que Fabrício Queiroz seja conduzido novamente para a prisão. A decisão revogou decisão liminar do presidente da Corte, João Otávio Noronha. A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, que chegou a ficar foragida, agora deve ser presa.

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e amigo da família do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz, junto com Márcia, estava em prisão domiciliar desde 9 de julho. Em regime de plantão por causa do recesso do Judiciário, o presidente da corte beneficiou o casal, convertendo a ordem de prisão preventiva em domiciliar. Noronha alegou risco de contaminação pelo coronavírus para deferir o habeas corpus.

Filha de Queiroz no esquema

Reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a filha de Queiroz, a personal trainer Nathália Queiroz, participou do esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Ela mandava ao pai quase todo salário como assessora do agora presidente da República.

Segundo dados da quebra de sigilo bancário revelados pelo jornal, Nathália transferiu um total de cerca de R$ 150 mil para a conta de Fabrício Queiroz. Os valores foram repassados entre janeiro de 2017 e setembro de 2018. Nesse período, ela trabalhava no gabinete de Bolsonaro. O valor representa 77% do que ela recebeu da Câmara dos Deputados.


Linha do tempo sobre o caso Queiroz / Brasil de Fato