Rio Grande do Sul

DEU NA IMPRENSA

Chegou o jornal Micuim, 'suprimento' de humor do Brasil de Fato RS

Coletiva.net divulga o lançamento do Micuim: "O Micuim não pensa só em fazer rir: pensa em fazer pensar através do riso"

Porto Alegre | BdF RS |
Reunindo equipe de peso do humor brasileiro, 1º número traz entrevista com o humorista Gregório Duvivier - Reprodução

Confira a matéria da Coletiva.net

O jornal Brasil de Fato RS, com dois anos recém completados, lançou, nesta terça-feira, 1º, o Micuim, seu 'suprimento' mensal de humor. A publicação digital é mensal e conta com o slogan 'A gente procura sarna pra se divertir!'. "O Micuim não pensa só em fazer rir: pensa em fazer pensar através do riso. Daí o mix de misturar a crítica de costumes com a crítica política. O jornal abre espaços para a charge, esse reflexo diário das mazelas brasileiras, e para humoristas, que com a palavra também dá pra golpear os desmandos nacionais", enfatizou o editor Fraga.

Contando com elenco recheado de nomes do humor brasileiro, a primeira edição da publicação conta com uma entrevista com Gregório Duvivier, além de textos, frases, charges e tirinhas. "O Micuim é um bichinho minúsculo, não é nem carrapato. Sua mordida causa uma ardência incômoda, e o jornal quer justamente ser incômodo. Contra poderosos, canalhas, corruptos, e a lista é longa", explicou Fraga ao Coletiva.net.

Conforme uma das editoras do Brasil de Fato RS, Katia Marko, o Micuim teve origem numa parceria com a Grafar, que gerou um jornal de humor lançado em dezembro do ano passado. "A ideia de ter um suplemento de humor já vem desde essa primeira parceria que havia sido paralisada devido à pandemia. Mas resolvemos encarar o desafio de ter um jornal voltado ao humor, arregaçamos as mangas e nos colocamos a trabalhar, mesmo que virtualmente. E eis que nasce o nosso Micuim, num grande esforço coletivo", destaca. 

Para abastecer as 16 páginas do Micuim, foram convidados chargistas, cartunistas, quadrinistas e caricaturistas de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, além da reunião de escribas de humor. Com um conselho editorial de cinco pessoas, foram coletadas, de acordo com Fraga, "materiais que equivalem a uma artilharia pesada contra o Planalto, o deprimente da república e seus asseclas". No todo, o suplemento de humor mira os erros econômicos, políticos e sociais sob a tutela "desse desarvorado na presidência".

Fraga ainda enfatizou ao portal que a quarentena pressiona o ser humano contra o bom humor: "Exaure forças, desanima, uma rotina tão repetitiva que até o riso fica forçado. E a realidade lá fora não ajuda. Para piorar, o fascismo veio com tudo e contra ele só mesmo a resistência do humor. Apesar das ruas com multidões ser mais eficiente contra o desgoverno, prover o riso também é um enfrentamento essencial".

Desde o final de março, o Brasil de Fato RS não faz o seu jornal impresso, devido à pandemia, pois o veículo era distribuído nas ruas, gratuitamente. Mas mantêm a agência de notícias via site www.brasildefators.com.br e redes sociais no Facebook, no Instagram e no Twitter. 

O jornal era quinzenal, com uma tiragem de 25 mil exemplares, e distribuído em mais de 200 cidades gaúchas. Em Porto Alegre, a distribuição era feita em locais de grande circulação no Centro da cidade, como na Esquina Democrática, Largo Glênio Peres, saída do metrô e Rodoviária. Além de alguns bairros da periferia da Capital. 

Segundo Katia, o Brasil de Fato RS oferece a todos, sobretudo aos trabalhadores e aos setores mais pobres da população, uma abordagem dos temas mais importantes do Rio Grande. "Mantido por movimentos sociais, sindicatos e pessoas interessadas em garantir uma comunicação mais democrática, que ouça os que não são ouvidos, entendemos que a informação é elemento essencial para a defesa do cidadão, da sociedade e da democracia", conta.

Leia aqui o Micuim

Edição: Coletiva.net