Das cinzas

Bem Viver: sem-terra dão exemplo de força e reconstroem acampamento após incêndio

Acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho é conhecido pela transformação de uma área cheia de rejeitos em agrofloresta

Ouça o áudio:

Em julho, mais de 150 mudas de árvores foram plantadas pelas famílias que vivem no Acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho - Juscilene Sena/ MST

O Programa Bem Viver desse feriado de sete de setembro começa com uma história de resistência no interior do Estado de São Paulo, onde famílias sem-terra transformaram rejeitos industriais depositados em uma terra devastada em um sistema agroflorestal que já dá frutos e produz alimentos livres de veneno para uso e comercialização local. O acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sofreu um incêndio criminoso no mês de agosto, que destruiu grande parte da produção. E mais uma vez as famílias que ali vivem estão dando uma lição de força, organização e empenho para retomar a produção e lutar pela Reforma Agrária Popular.

Na edição desta segunda-feira (7), o ouvinte também acompanha a reportagem da jornalista Martha Raquel sobre as desigualdades que a pandemia ressaltou quando o assunto é acesso a educação pública. 

Crianças e adolescentes pelo país afora não conseguem acompanhar as aulas remotas por não terem acesso à internet. A situação tem contribuído para acelerar o debate sobre o retorno das aulas presenciais. A reportagem mostra se as medidas e diretrizes apresentadas pelos governos até o momento são suficientes para garantir a segurança de alunos e professores. 

E para as crianças refugiadas, as dificuldades de retornar à escola são ainda maiores. As condições, que já não eram favoráveis para esses que precisaram abandonar o país de origem, ficaram piores. Um relatório da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) mostra que boa parte dessas crianças pode não voltar a frequentar uma escola. Vamos saber o que justifica essa possibilidade de uma evasão escolar tão grande na reportagem de Nelson Lin, da Rádio Nacional.

:.Solidariedade virtual e “Fora Bolsonaro” marcam o Grito dos Excluídos 2020

No Boletim A Covid-19 na Semana, o médico da família Aristóteles Cardona Jr. analisa o índices da doença que apresenta queda em quase todo território nacional nas últimas semanas. Mas será que já temos motivos para comemorar e afrouxar os cuidados e medidas de distanciamento? Aristóteles explica que o número de mortes ainda é alto, apesar de estável, então ainda é necessário muita atenção. 

E para fechar o feriado com sabor de “quero mais”, a nutricionista  Raissa Faro ensina um refogado de coração de banana que além de saboroso, ainda é uma boa forma de fazer melhor aproveitamento dos alimentos. 

Sintonize

O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG) e Rádio Pife, de Brasília (DF).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira, e nos aplicativos Spotify e Google Podcasts.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

 

Edição: Camila Salmazio