Eleições

Bolívia: Movimento ao Socialismo lança campanha à Presidência do país

Chapa é formada por Luis Arce e David Choquehuanca; eleições estão marcadas para acontecer em 18 de outubro

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Candidato à presidência da Bolívia Luis Arce e David Choquehuanca - Reprodução

O Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente boliviano Evo Morales, lançou, nesse domingo (06) a campanha à presidência da Bolívia, que tem como candidato à Presidência Luis Arce Catacora e, como vice, David Choquehuanca. Após um golpe de Estado após as últimas eleições presidenciais e a renúncia forçada de Morales, em novembro do ano passado, o novo pleito está marcado para 18 de outubro.

"Hoje iniciamos o caminho para a recuperação da estabilidade, esperança e felicidade", disse Choquehuanca no lançamento da campanha presidencial. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o evento foi transmitido de modo virtual pelo Facebook.

"Esta noite lançamos a campanha nacional e internacional do MAS-IPSP, o maior movimento político da história da Bolívia. Convidamos você a participar de suas redes sociais para apoiar Luis Arce e David Choquehuanca, o binômio da cidade vencedora", afirmou Morales em seu Twitter.

A chapa foi escolhida em janeiro de 2020, quando Morales anunciou que os candidatos representam uma "combinação entre companheiros da cidade e companheiros do campo".

Arce, de 56 anos, é ex-ministro da Economia no governo Morales e foi um dos responsáveis pela estabilidade econômica boliviana. Choquehuanca, de 58 anos, foi ministro das Relações Exteriores entre 2006 e 2017.

Após indicar os candidatos, o ex-mandatário disse que alguns setores sociais não estavam de acordo com a decisão da chapa Arce e Choquehuanca, mas Morales destacou que a indicação foi pensada para garantir e melhorar o setor econômico da Bolívia e afirmou que o candidato à Presidência é "um irmão de muito compromisso, que está aqui pela pátria e não pelo dinheiro". 

As eleições presidenciais bolivianas estavam previstas para acontecer, inicialmente, no dia 3 de maio. No entanto, foram suspensas pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) após a autoproclama presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, decretar quarentena devido à pandemia do novo coronavírus no país, em março. Outras duas datas foram anunciadas: no começo de agosto, depois para 6 de setembro e, agora, para 18 de outubro.

Áñez se autoproclamou após o golpe de Estado que derrubou Morales, que havia sido reeleito em outubro de 2019 para um novo mandato. A oposição disse que a contagem dos votos havia sido fraudada, o que se mostrou, posteriormente, ser inverídico.