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Fome à espreita

Artigo | R$ 600,00 já é R$ 480,00

A covid mata milhares de brasileiros, sobretudo idosos; a fome poderá matar outros milhares, sobretudo crianças.

08.set.2020 às 12h00
Porto Alegre (RS)
Frei Sérgio Antônio Görgen

O fantasma da fome volta a rondar o povo brasileiro - (recorte de arte de Latuff/2018)

O Programa “Renda Emergencial” propiciou suporte financeiro de R$ 600,00 para um grande número de pessoas impactadas pelos efeitos da pandemia no Brasil.

Os Movimentos Sociais do Campo informaram à sociedade que o pior flagelo seria a escassez de alimentos e a consequente alta dos preços, no final do ano de 2020, caso nada fosse feito para reverter este flagelo. Que se transformará em fome aos mais empobrecidos da sociedade, principalmente, em 2021.

O Governo Bolsonaro nada fez. Pelo contrário: desfez.

Vejamos. O Plano Safra lançado em junho – principal instrumento de política agrícola do Estado – não contempla nenhum mecanismo que vise o aumento da oferta de alimentos. Concentrou-se na soja e poucos outros produtos de exportação. Os Movimentos do Campo, com amplo apoio no Congresso Nacional, tentaram concertar em tempo a tragédia anunciada. Elaborou-se, e o Congresso aprovou, uma Lei (PL 735, Lei Assis Carvalho) voltada a apoiar a produção de alimentos para a mesa das maiorias.

Bolsonaro vetou integralmente, todas, as medidas de estímulo à produção de alimentos, que, em mais de 70%, vem de pequenas unidades de produção familiares.

Nós últimos dias explodiram na grande mídia notícias de aumento dos preços da Cesta Básica. Leite, feijão, arroz, hortaliças, pães, frutas, mandioca, etc e tal, com preços pela hora da morte. A Folha de São Paulo em edição de 04 de setembro cravou 20% de aumento, em média, no preço da cesta básica.

Causas? Várias. Estoques baixos, baixa oferta de alimentos, resultado do abandono da agricultura familiar camponesa. Outra: dólar alto, estímulo à produção exclusiva para exportação e custo alto para importar alimentos, o que repica no preço. Responsáveis: política econômica e agrícola do governo Bolsonaro/Guedes. Solução: aumentar a oferta de alimentos com o aumento da produção. Esta o Governo não fez, os Movimentos e o Congresso fizeram e Bolsonaro desfez.  

Agora a razão do título deste humilde artigo. Como a maior parte do Auxílio Emergencial é gasto com a compra de alimentos, e a inflação dos alimentos é de 20%, isto significa, numa equação matemática e na vida real, que a inflação “comeu”, corroeu, 20% de seu valor de compra. Por isto, aplicando a regra simples da porcentagem, o poder de compra dos R$ 600,00 no início da pandemia, perde R$ 120,00 e hoje é de só R$ 480,00.  E os R$ 300,00, que o governo quer de hora em diante, já começa valendo míseros R$ 240,00.

Façamos só a conta do arroz. Em março, no início da pandemia no Brasil, com R$ 600,00 era possível comprar 57 pacotes de arroz contendo 5 Kg. Hoje compra apenas 24 pacotes. No arroz a inflação foi muito maior do que 20%.

O fenômeno bateu na “cacholeta” do Presidente. Foi cobrado em público. Disse que vai apelar para o patriotismo dos donos de supermercados para conter os preços dos alimentos. Patriotismo que ele não teve quando vetou o PL da Agricultura Familiar Camponesa. Logo verá que capitalista não tem pátria, nem patriotismo. Só enxergam cifrões, dinheiro, lucros, diante dos olhos. Além do mais, as multinacionais que atuam na área de alimentos devem continências patrióticas a outras pátrias.  

Guedes e sua turma de neoliberais tem uma solução fácil para estas situações: importar e suprir a oferta. Porém a desastrada política econômica da dupla Bolsonaro/Guedes levou o câmbio às alturas, fazendo o dólar subir a mais de R$ 5,60. Com este câmbio, importar alimentos é um desastre ferroviário. Aumenta ainda mais os preços. Assim, as políticas econômica e agrícola do governo Bolsonaro/Guedes estão levando o Brasil de volta à fome e à falta de alimentos. Carestia vem aí.

Vale perguntar: qual o sentido de exportar milhões e milhões de toneladas de soja se nosso povo passa fome ou paga caro para comer? Para que serve o agronegócio se não alimenta o povo e impede os camponeses de produzir?  

Assim, um Governo genocida que provocou a desgraça de 126 mil mortes – número composto em sua maior parte por idosos (até hoje), em grande parte evitáveis, jogará agora às trevas do desespero e da fome milhões de crianças. Sim, porque a Covid19 mata preferencialmente, idosos. A fome mata crianças, e quando não mata, como demonstrou Josué de Castro em “Geografia da Fome”, deixa sequelas para o restante da existência.

Estas são as consequências das opções deste governo de morte.

Bolsonaro nega o pão, a mandioca, o leite, o feijão, e os demais alimentos da cesta básica à mesa do povo brasileiro ao vetar a lei da produção de alimentos através da agricultura familiar camponesa (PL 735) aprovado no Congresso.  

Por isto a importância da luta pela derrubada do veto à Lei Assis Carvalho. Já como ação de redução de danos, porque parte do desastre já não se evita.

De que lado estarão os parlamentares? Serão coniventes com esta tragédia e com as consequências dela?


* Frei Franciscano, militante do MPA, autor de “O Plano Camponês”

Editado por: Marcos Corbari
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