Paraná

EDITORIAL PR 184

Sociedade deve lutar por renda mínima

Alguns parlamentares apontam a criação de programa de renda mínima

Curitiba (PR) |
É preciso garantir a renda mínima de trabalhadoras, desempregados, e informais - Giorgia Prates

No Brasil, as dores de um capitalismo dependente, que carrega o peso de uma elite racista e patrimonialista, dificulta o debate sobre programas de renda para a população trabalhadora.

Sabe-se que a correção de desigualdades de renda é saudável para a economia, uma vez que tem no consumo dos trabalhadores seu principal motor.

Neste momento de crise gravíssima, porém, Bolsonaro anunciou, no dia 15, a enterrada de um programa de renda mais abrangente (sinalizado como “Renda Brasil”) mantendo o programa Bolsa Família.

Por parte da população desempregada ou informal, após o recebimento da última parcela do auxílio emergencial de R$ 600, com queda para R$ 300 até o fim do ano, é fato que não se pode simplesmente cortar esse patamar de sobrevivência. Isso porque a previsão de desemprego é maior ao final de 2020 e a economia não se recupera tão cedo.

Diante deste cenário, alguns parlamentares apontam a criação de programa de renda mínima, mais abrangente que os programas atuais. As forças populares e de esquerda devem pressionar com garra por uma pauta urgente neste grave momento de crise. Bolsonaro precisa ser derrotado para que as prioridades do Brasil, enfim, prevaleçam.

 

Edição: Pedro Carrano