Assistência

Auxílio emergencial com valor reduzido começa a ser depositado nesta quarta (30)

Depósitos serão feitos até 29 de dezembro e contemplam quem não é beneficiário do Bolsa Família

Brasil de Fato |

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Pagamentos seguem até dezembro deste ano - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A primeira das quatro parcelas de R$ 300 do Auxílio Emergencial Extensão começa a ser depositada nesta quarta-feira (30). Os pagamentos liberados são para nascidos em janeiro e que não recebem o Bolsa Família. O valor para mulheres chefe de família é de R$ 600. 

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Não há necessidade de novo requerimento para acessar a extensão do benefício. Os pagamentos desta quarta-feira caem na conta-fácil. Já o saque em dinheiro deste lote será liberado apenas em 07 de novembro. 

A extensão do Auxílio Emergencial segue até dezembro deste ano. Nem todas as pessoas serão contempladas com as quatro parcelas. Apenas quem recebeu as cinco parcelas do Auxílio Emergencial a partir de abril terá acesso a todas as etapas da modalidade de extensão.

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Por exemplo, quem vai receber as demais parcelas do Auxílio Emergencial até novembro, terá acesso a apenas um pagamento do modo extensão, no mês de dezembro. O calendário de pagamentos pode ser consultado site da caixa

Corte pela metade

A Medida Provisória nº 1000, do dia 02 de setembro, reduziu pela metade o valor da extensão do Auxílio Emergencial. Segundo analistas, a tendência da medida é de aumento da pobreza e da desigualdade social no Brasil. 

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São cerca de 55 milhões de brasileiros beneficiários do Auxílio Emergencial. A economista Juliane Furno, por exemplo, afirma que a redução do valor do auxílio emergencial impacta negativamente nos cofres públicos, além de negar uma proposta de justiça social neste momento de pandemia por parte do governo federal. 

“Reduzir o auxílio emergencial para R$ 300 reais significa cortar pela metade o fluxo de renda que, inclusive, foi determinante para que o PIB do 2º trimestre de 2020 não tenha despencado tanto. Reduzir em 50% a principal fonte de renda de milhões de pessoas representa um grave problema social e um efeito contraproducente na economia brasileira. São R$ 154 bilhões de reais que vão sair de circulação, comprometendo o consumo de uns, e a renda dos outros, porque aquele que não ‘gasta’ gera aquele que não ‘recebe’”, reflete.

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Vale destacar também que o índice de desemprego no Brasil chegou a 13,8% no trimestre entre maio e julho. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (30) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, representa 13,13 milhões de pessoas desempregadas. A taxa de 13,8 é a maior da série histórica, iniciada em 2012.

Edição: Daniel Lamir