Paraná

Opinião

Boiadas seguem passando

Bolsonaro faz vistas grossas com a crise ambiental

Curitiba ( PR) |
Ricardo Salles continua com sua agenda anti-meio ambiente - Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Em maio deste ano, Ricardo Salles foi desmascarado com a ampla divulgação das gravações em vídeo de uma reunião ministerial. O Ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro afirmava aos seus pares que a devastadora crise sanitária da Covid-19 era uma oportunidade para “ir passando aboiada” da desregulamentação da proteção ambiental.

Mesmo com as críticas vindas de diversos setores da sociedade brasileira e da comunidade internacional, Salles não apenas permaneceu no cargo, tornando ineficiente os mecanismos de fiscalização das normas ambientais e sendo omisso em relação ao fogo e às cinzas de destruição dos biomas que deveria preservar. Em novo ataque, promoveu agora um “revogaço” de normas protetivas dos rios, dos lagos, das restingas e dos manguezais.

As práticas deste governo colocam a sobrevivência das populações mais pobres em risco e não enxergam os resultados nefastos a longo prazo da devastação das matas e dos rios para a economia nacional. O escritor uruguaio Eduardo Galeano escreveu uma vez que, se a natureza fosse um banco, já teria sido salva. Salles e Bolsonaro assinariam embaixo, tocando o berrante para agradar o agronegócio da soja e a demanda de mercado de outros países, em lugar do nosso povo.

Edição: Gabriel Carriconde